TV Globo estreia um novo horário de novelas e irá exibir "O Cravo e a Rosa"

Adriana Esteves, Eduardo Moscovis (Catarina, Petuchio)

No ano em que celebramos os 70 anos na telenovela no Brasil, a TV Globo estreia em sua grade de programação um novo horário destinado ao gênero. A partir de 6 de dezembro, uma obra de grande sucesso volta a ser exibida nas tardes da emissora: "O Cravo e a Rosa". A novela de Walcyr Carrasco, com direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra, irá ao ar de segunda a sexta-feira, após o "Jornal Hoje". Na sequência, os grandes sucessos do "Sessão da Tarde" e, logo depois, o tradicional "Vale a Pena Ver de Novo" segue trazendo as grandes obras da dramaturgia, agora, privilegiando a reexibição de novelas originalmente exibidas às nove horas.

Comédia romântica inspirada no clássico '"A Megera Domada", de William Shakespeare, e com referências da novela "O Machão", de Ivani Ribeiro, "O Cravo e a Rosa" é ambientada na São Paulo dos anos 1920 e narra o tumultuado romance entre o rude caipira Julião Petruchio (Eduardo Moscovis) e a geniosa Catarina Batista (Adriana Esteves), mulher rica e moderna, com ideais feministas. Filha do banqueiro Nicanor Batista (Luís Melo), ela é conhecida como "fera" por botar todos os seus pretendentes para correr. Catarina esbarra na teimosia cínica de Petruchio que, inicialmente, decide conquistá-la para salvar sua fazenda de ser leiloada com o dote do casamento. Em meio às contradições, eles acabam se apaixonando, mas não dão o braço a torcer e vivem às turras, protagonizando cenas muito divertidas, com discussões e brigas. 

A fidelidade na reconstituição de época é outro ponto que traz força e identidade à novela. Com base em uma pesquisa rigorosa dos anos 1920, a direção optou por um tom realista na linguagem. A obra retrata os costumes da sociedade paulistana, palavras e expressões comuns no período, utilizando referências em contos adultos de Monteiro Lobato e nos escritos de Oswald de Andrade e Manuel Bandeira. A efervescência sociocultural teve grande influência no comportamento das pessoas nessa época e, portanto, a novela aborda a transformação da literatura e das artes plásticas, além da luta pelo voto feminino e da mudança no papel da mulher. 

A abertura da novela foi escolhida como a melhor do ano de 2001 pelo júri do II Festival Latino-Americano de Cine Vídeo, no Mato Grosso do Sul. Inspirada em fotos e filmes do início do século, traz um camafeu dourado que gira no ar e, a cada volta, mostra imagens em preto e branco com aparência de película antiga, típicas do cinema mudo, de vários personagens da trama, em especial Petruchio e Catarina. 

De volta a partir de 6 de dezembro, "O Cravo e a Rosa – Edição Especial" tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Denis Carvalho. Exibida originalmente entre junho de 2000 e março de 2001, a novela traz ainda no elenco nomes como Suely Franco, Bia Nunnes, Murilo Rosa, Tássia Camargo, Miriam Freeland, Carlos Evelyn, Carla Daniel, Virgínia Cavendish, Rejane Arruda, Thaís Muller, João Vitti, Luís Antônio do Nascimento, Julio Levy, João Capelli e Bernadeth Lyzio.   

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