Coletivo I Hate Flash abre inscrições para aulas voltadas ao setor audiovisual

As aulas do coletivo I Hate Flash, as Flashclasses, começaram há alguns anos com a ideia de um colaborador ajudar o outro ensinando o que soubesse. No início de 2020, surgiu a vontade de ampliar o projeto e a equipe foi estimulada a indicar pessoas da periferia para fazer parte. Na sequência, foram abertas inscrições para quem fosse de baixa renda participar gratuitamente. Hoje, são 130 vagas ocupadas por pessoas de periferias e colaboradores do coletivo. "Tinha muita gente maneira. Quisemos trazer esse pessoal todo para perto e acabamos abrindo mais vagas", conta em nota Clarissa Ribeiro, diretora e editora no I Hate Flash e responsável pela organização das aulas. 

Uma das primeiras participantes do projeto, nesta nova fase, foi Hrane Franco, fotógrafa e editora de vídeo da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. "Não tenho muitos recursos, tudo é longe de onde moro. As poucas possibilidades de estudos que eu tinha dentro do audiovisual foram canceladas na pandemia. Poder estudar com a equipe do IHF tem sido muito incrível", comenta. 

Em 2020, foram promovidas 27 aulas, com temas variados. Além das temáticas do universo audiovisual, como "Fotografia e direitos autorais", "Conceitos gerais sobre luz" e "Correção de cor para vídeo", os alunos também participaram de aulas sobre especialidades diversas dos colaboradores, como "Educação financeira", "Desvendando os segredos do Super Pão", "Horta urbana agroecológica" e "História do Movimento Negro no Brasil". 

"A iniciativa é sensacional. Acho que ajuda, de uma certa forma, a descentralizar o conhecimento, que as vezes é tão elitizado. Esse tipo de informação não chega até a periferia e, se chega, tem que pagar uma grana, correr muito mais atrás do que correria normalmente. Toda empresa deveria ter algo nesse aspecto, para quem quer começar na área e não sabe como", aponta Kaire Vinicius Pereira Santos Silva, que participou de todas as Flashclasses até agora.  O caminho, daqui para frente, é expandir cada vez mais as aulas. "Os feedbacks dos alunos são os mais lindos. Vamos seguir sempre com calma, atenção, amor pela troca de conhecimento e respeito pelas individualidades", conclui Ribeiro. 

Todos os encontros online serão realizados às quartas-feiras, das 19h às 20h30. O primeiro módulo será "Edição de fotos no Lightroom" e terá quatro encontros virtuais com os profissionais Renan Olivetti, Ariel Martini, Francisco Costa e Bléia Campos. O valor do módulo completo (com as quatro aulas) é R$130, que será revertido para a manutenção do projeto. O público de baixa renda não paga – basta enviar um e-mail ao coletivo sinalizando seu interesse (contato@ihateflash.net). Os demais participantes podem se inscrever por meio do Sympla. Ao longo do ano, novas vagas serão abertas e divulgadas no site e Instagram do I Hate Flash

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