Novo filme da Moonshot Pictures traz personagem que sofre com os efeitos da TPM

A Moonshot Pictures está há três semanas filmando a comédia romântica "Monique e a TPM", com direção de Eliana Fonseca, roteiro de Jaqueline Vargas ("Sessão de Terapia") e elenco formado por nomes como Paloma Bernardi no papel principal, Rafael Zulu e Maria Bopp, entre outros. As gravações, que acontecem em São Paulo, devem se estender por mais duas semanas. 

Nesta quinta-feira, 25 de fevereiro, TELA VIVA participou de um set visit virtual da produção. Na ocasião, a diretora declarou: "O filme é uma comédia romântica de uma mulher com ela mesma. É uma história extremamente feminina – e esta era uma preocupação presente desde que começamos a trabalhar no roteiro". Para Fonseca, a "graça" do filme é que ele é uma comédia diferente das que o público brasileiro está acostumado a assistir: "Ela faz a gente se identificar e sorrir o tempo inteiro. Vem para trazer um frescor e quebrar determinadas referências. A personagem principal é real, paupável e está longe da perfeição – apesar de ser cobrada para isso o tempo todo". 

Paloma Bernardi, que faz o papel-título, também falou sobre essa protagonista: "É uma personagem com a qual todas as mulheres vão se identificar. A história é uma comédia do cotidiano da mulher e mostra nossos conflitos pessoais, profissionais, familiares, afetivos… Monique é uma mulher em transformação, que está buscando se amar do jeito que é". 

Na trama, é como se existissem duas Moniques: uma em seu estado "normal" e outra dominada pela sua TPM, que a leva a fazer coisas que, depois, nem ela mesma acredita que fez. "Queremos retratar a TPM de um jeito diferente. Mostrar que ela também pode nos trazer aprendizados por meio dessas atitudes que tomamos durante o período", aponta Fonseca. 

A principal figura masculina da história é o médico ginecologista Julio, interpretado pelo ator Rafael Zulu. "É um personagem que tem o perfil de alguns homens que estamos vendo hoje em dia, mais sensíveis", conta a diretora. Zulu acrescenta: "É um cara do bem, trabalhador e honesto. Ele e a Monique se interessam um pelo outro mas, mesmo depois que eles começam a se relacionar, ela não vive em função desse cara. A grande relação dela é com ela mesma". O ator também comentou sobre a temática da TPM: "Ainda existem homens que acham uma besteira, um exagero das mulheres. Vamos mostrar que não é assim". 

Zulu, que é negro, aproveitou o papo para abordar a relação interracial que o público verá no longa: "É um casal que se gosta e se entende, independente da raça. Tivemos cuidado desde o início para tentar sair do clichê". Ainda dentro do assunto, o ator pontuou que acredita que, hoje, as produções audiovisuais nacionais estão mais preocupadas em colocar os negros na tela, mas que o cenário ainda está muito longe do ideal. Nesse sentido, a diretora ressaltou: "Ter negros no elenco é uma preocupação, sim. E negros em posição de destaque – no filme, há uma mulher negra que é psicanalista, outras que são enfermeiras-chefes. E não colocamos negros para cumprir cota ou algo assim. Escalamos eles porque são atores incríveis, mesmo". Outro ponto que ela preza é a questão dos sotaques: "A história se passa em São Paulo, uma cidade onde a maioria das pessoas veio de outros lugares. Então fiz questão que atores de outros estados e cidades mantivessem seus sotaques. Temos a Marisa Bezerra, por exemplo, que é nordestina. E ela interpreta uma personagem que realmente veio do Nordeste. Não dava para chamar uma atriz de outro lugar para o papel". 

"Monique e a TPM" chegou a ter suas filmagens iniciadas no primeiro semestre de 2020 mas, por conta da chegada da pandemia, o cronograma mudou. Hoje, a equipe trabalha seguindo um rigoroso protocolo – todos permanecem de máscara no set o tempo todo; os atores só as tiram na hora de gravar mesmo. A testagem para Covid-19 também tem sido frequentemente realizada entre os profissionais. 

O longa – que está sendo feito para lançamento em primeira janela nos cinemas – ainda não tem data de estreia definida. "Depende dos desdobramentos da pandemia e de como ficaram as salas de cinema", explicou a equipe. 

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