Nesta terça, 25, os assinantes do Prime Video foram informados via e-mail que a partir do dia 2 de abril passarão a ver anúncios durante os conteúdos da plataforma. Quem não quiser ser impactado por publicidade deverá pagar um valor adicional de R$ 10 por mês. Os assinantes que aceitarem ver os anúncios continuarão pagando R$ 19,90 por mês (ou R$ 166,80 por ano). No comunicado enviado aos clientes, a Amazon afirmou que seu objetivo é "ter significativamente menos anúncios do que na TV e em outros provedores de streaming".
A novidade segue uma linha natural do que a Amazon já tinha adotado nos Estados Unidos – por lá, os usuários já estão assistindo aos filmes e séries com anúncios publicitários – e também a tendência de outras plataformas, como Netflix e Disney, que passaram a incluir a opção com anúncios entre os seus planos de assinatura disponíveis. Mas existe uma diferença importante: quem já assinava alguma dessas duas plataformas não sofreu nenhuma alteração com a chegada dos planos subsidiados por publicidade – apenas se desejasse essa opção, que possui um valor mais baixo, poderia mudar a assinatura. No caso do Prime Video, a chegada da publicidade impacta toda a sua base, fazendo com que todos tenham que escolher se topam assistir aos anúncios ou se vão preferir pagar um valor extra para não vê-los.
É uma diferença até na comunicação dos serviços. Netflix e Disney podem ofertar a novos assinantes seus planos com publicidade, destacando que eles são mais baratos, enquanto o Prime Video oferece seu plano "normal", que possui uma opção mais cara sem os anúncios. De certa forma, todos os assinantes escolhem pagar mais barato e ver anúncios ou pagar mais caro para não ver, mas a maneira que isso é apresentado ao consumidor é praticamente oposta. Inicialmente, é o melhor dos mundos para a Amazon e todo o mercado anunciante interessado na plataforma: de uma hora para outra, 100% da base do serviço será impactada pelos conteúdos das marcas. Mas vale esperar como isso se dará a longo prazo e o quanto impactará na experiência dos clientes.
No Brasil, tudo acaba do mesmo jeito. Lembro que a TV por assinatuar foi vendida como dotada do conforto de não ter intervalos comerciais. Logo, logo eles chegaram. Agora paulatinamente nos streamings. A turma gosta de se aproveitar de quem não sabe reclamar. Palminhas para os envolvidos.