Max lança a opção de contratar "membro extra" para os assinantes dos EUA

(Foto: Reprodução)

Seguindo a estratégia de combater o compartilhamento de contas em plataformas de streaming por parte dos usuários, a Warner Bros. Discovery é outra empresa que implementa medidas visando acabar com a prática. Nesta semana, a Max lançou nos Estados Unidos a opção de adquirir um membro extra, assim como a Netflix fez em 2022, quando deu início aos primeiros testes com esse modelo. Mais tarde, foi a vez do Disney+.

Com a nova opção, o titular da conta pode dividi-la com alguém que não more em sua residência. O membro extra terá um perfil à parte, com login e senha diferentes da conta do assinante principal. Outra possibilidade é a transferência de perfil – esta é voltada para famílias que, hoje, compartilham a mesma conta, com perfis diferentes. Agora, uma delas poderá comprar a opção de membro extra e transferir o perfil correspondente para ele.

Quem optar por adicionar esse assinante extra à conta terá um custo fixo adicional de US$ 7,99 – na conversão, significaria cerca de R$ 45 a mais. Atualmente, os preços praticados nos EUA são US$ 9,99 para o pacote com anúncios, US$ 16,99 para o pacote Standard e US$ 20,99 para o plano Premium. Cada conta pode contratar apenas um membro extra e ele terá os mesmos benefícios do pacote assinado pelo titular. Ainda não há previsão de quando a medida chegará a outros territórios.

Números alarmantes 

O compartilhamento de senhas ainda é um problema para as plataformas. No último dia 14 de abril, Henrique Rodrigues, country manager da BB Media, empresa de ciência de dados e pesquisa especializada em mídia e entretenimento, abriu a programação do Brasil Streaming 2025, evento organizado pelas publicações TELETIME e TELA VIVA, com uma palestra sobre o tamanho do mercado de streaming.

Em sua fala, Rodrigues apontou que, em 2025, são 606 plataformas de streaming ativas. Só no ano passado, foram lançados 28 novos serviços. Em relação aos modelos de negócio disponibilizados pelas plataformas, o SVOD representa 74% em 2025 – em 2020, esse número era 71%. O AVOD tem se destacado, e hoje já soma 72% – cinco anos atrás, representava 65%.

Considerando o número de assinantes de cada serviço, a Netflix alcança 33% dos domicílios com banda larga no Brasil. Todos os players cresceram em número de assinantes no comparativo com o trimestre anterior. Os números atuais são 8,8% para o Globoplay, 9,1% para a Max, 10,9% para o YouTube Premium, 15,1% para o Disney+ e 23,4% para o Prime Video. Os dados são da BB Media. Outro ponto é a taxa média de compartilhamento de conta para cada player, de 30%. "Essa taxa é muito parecida entre todas as plataformas. Ou seja, é uma fatia de 30% de oportunidade que temos na mão para conseguir monetizar. Algumas empresas já usaram essa informação para definir o pagamento de uma taxa de membro extra. É um fator relevante, e precisamos acompanhar essa evolução", enfatizou o especialista.

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