Integração de telas é trunfo da Sony para crescer 100% no País até 2014

A Sony Brasil aproveitou a divulgação dos seus resultados financeiros no País nesta sexta-feira, 25 (os números globais já haviam sido abertos no último dia 10), para anunciar um pacotão de novidades, incluindo o investimento de R$ 500 milhões na operação brasileira (R$ 180 milhões em 2012) e a nova estratégia de atuação no mercado local, pautada pela conectividade e compartilhamento de conteúdo entre dispositivos diversos.

Batizado de Sony Link, o conceito consiste na interatividade total entre as quatro telas de seus produtos: TVs, smartphones, notebooks e tablets. “Com isso, será possível passar conteúdo do celular para o notebook, do tablet para a TV, entre outras operações, de forma mais simples e sem a necessidade de fios, com um só comando”, resume Carlos Pachoal, gerente geral de marketing da Sony Brasil. A tecnologia utilizada para a troca de mídias via wireless é o DLNA, protocolo de comunicação entre eletroeletrônicos em ambiente residencial. Apesar de ter sido inicialmente desenvolvido pela Sony, o DLNA foi posteriormente padronizado e adotado por praticamente toda a indústria. “O conceito Sony Link permitiu que adotássemos uma estratégia de integração vertical, convergindo a qualidade de nossos produtos e diferenciais de nossos serviços em uma experiência mais ampla e completa ao consumidor”, acrescenta.

Smartphones

O movimento de lançamento da plataforma de integração das ‘quatro telas’, na verdade, foi iniciado no ano passado. Uma ação importante para isso foi a compra da parte da Ericsson na deficitária joint-venture de celulares. “Foi fundamental para o sucesso da Sony Link, pois a marca Sony é ainda mais forte sozinha”, diz Jorge Aguiar, presidente da Sony Mobile do Brasil. Para ele, após essa aquisição a empresa tinha outras duas decisões fundamentais a tomar: qual sistema operacional móvel adotar e que fatia de mercado atacar. “Optamos pelo Android, que é o mercado que mais cresce no mundo. Além disso, temos uma excelente relação com o Google. Também refletimos muito se focaríamos em feature phones (desde o ano passado, a Sony aposta muito na classe C) ou smartphones; e optamos pelo segundo, pois com sistema operacional os terminais podem se conectar a todos os outros dispositivos”, explica. “O Brasil é o décimo maior mercado de smartphones do mundo e o quarto que mais cresce, com 70% de ampliação somente em 2012”. A expectativa do crescimento da Sony Mobile neste segmento é de 50% neste ano.

Na mesma apresentação, foi lançada pela empresa a série Xperia NXT, primeira geração de smartphones da Sony (sem a antiga marca SonyEricsson). Foram três novos aparelhos apresentados, com preços sugeridos de R$ 899 (Xperia U), R$ 1399 (Xperia S) e R$ 1799 (Xperia P). Em comum entre eles, a experiência de vídeo (HD) e áudio (xLoud) e a captura acelerada de fotos, a função NFC (Near Field Communication), além do sistema Android 2.3 (com atualização prevista para 4.0). O usuário também terá acesso a um serviço que oferece 50 GB de armazenamento gratuito. Com pré-venda já iniciada, os smartphones chegam ao Brasil em junho e serão comercializados por todas as operadoras móveis, além de grandes varejistas como Casas Bahia, Ponto Frio, Fast Shop e Saraiva.

Tablet

A outra novidade do dia foi a apresentação do tablet da Sony. O produto chega com o status de um dos principais lançamentos da empresa em 2012 (serão cerca de 100 no período), tem 32 GB de memória, acesso Wi-Fi e câmera fotográfica traseira com 5 megapixels e high-definition, processador dual-core Tegra 2, tela de 9,4 polegadas e Android 4.0. O tablet chega ao mercado por R$ 1649 e, a exemplo da linha Xperia, tem integração com a plataforma PlayStation.

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