A adoção do 4K no Brasil está apenas começando, e ainda há muitos obstáculos para serem superados, como os preços elevados dos televisores capazes de suportar a tecnologia e consumo de banda na transmissão – muito superior ao do full HD. Ainda assim, a fabricante Sony se diz entusiasmada com as perspectivas para a adoção da tecnologia no país. "Os broadcasters já perceberam uma melhora na qualidade da produção mesmo quando não é possível realizar a transmissão em 4K. Há um avanço forte na adoção dessa tecnologia no país", diz Luiz Padilha, diretor de marketing e vendas da área profissional da Sony Brasil.
No momento, a demanda por câmeras para captação de imagens em 4K é liderada por cabeças de rede e produtoras independentes. A Globo, por exemplo, já adquiriu cerca de 50 equipamentos, utilizados na produção de teledramaturgia, principalmente. Em parceria com a emissora carioca, a Sony também conduziu os primeiros testes de transmissão ao vivo em 4K durante a Copa do Mundo. Para o teste, foi montada a primeira unidade móvel capacitada para captação e transmissão em UHD do país.
"A principal emissora do país começando a adotar esses equipamentos como padrão em suas produções nos mostra a força da tecnologia no país", diz Luis Fernando Fabichak, gerente de marketing da empresa. Além disso, conta o executivo, outras emissoras já adquiriram equipamentos para testar a tecnologia. "Outras cabeças de rede e emissoras locais de grande porte já adquiriram equipamentos, em menor escala, e já estão testando".
A demanda das produtoras, por sua vez, seria estimulada pelo aumento da produção destinada á TV por assinatura e cinema, plataformas onde a transmissão de conteúdo 4K encontra menos obstáculos.
Negócio principal
Contudo, o negócio principal da empresa no setor profissional ainda está na venda de aparelhos digitais HD, impulsionada pela digitalização do interior do país. "As emissoras dos grandes centros já estão praticamente 100% em HD. No interior essa migração acontece de forma mais gradual. Hoje nosso negócio principal ainda está no HD e full HD", explica Fabichak.
A empresa anunciou uma reformulação no seu portal de vendas, que passará a apresentar os produtos profissionais em categorias, além de oferecer condições de financiamento com prazos de pagamento mais longos. "A idéia é mostrar para o produtor que não conta com grandes incentivos fiscais e não tem grandes condições de financiamento com governo que é possível adquirir os produtos aqui, porque muitos deles optam por trazer o equipamento de fora", diz o executivo.
Lançamento
Flexibilidade é a principal característica da PXW-X500, camcorder lançado mundialmente pela Sony durante a edição deste ano da SET Expo. O aparelho chegará ao mercado em outubro deste ano, com preço estimado de cerca de US$ 23 mil.
O modelo é capaz de trabalhar com uma série de formatos de codecs, incluindo MPEG IMX e DVCAM em SD, MPEG-4 SStP e MPEG HD422 em HD, além de XAVC Intra 4:2:2 1080 59.94/50i e XAVC Long 4:2:2 1080 59.94/50p. No início de 2015, a PXW-X500 também suportará as opções Apple ProRes, PXWK-501 e PXWK-502.
Três recém-desenvolvidos sensores CCDs do tipo 2/3 de polegada Power HAD FX produzem imagens de alta qualidade com alta relação sinal-ruído (60dB), ao mesmo tempo em que mantém altos níveis de sensibilidade (F11 a 1080/59.94i e F12 a 1080/50i).
Com um módulo sem fio integrado, a PXW-X500 pode ser operada a partir de dispositivos compatíveis com Wi-Fi, como tablets, por meio do módulo LAN sem fio USB IFU-WLM3 embutido. Além disso, arquivos pequenos de vídeo como os proxy, podem ser gerados separadamente da linha de gravações de alta resolução e gravados diretamente em um cartão SD independente. No início de 2015, o módulo sem fio será capaz de enviar por streaming o contedo proxy via Wi-Fi ou LTE (Long Term Evolution).