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Diretor Vladimir Carvalho faleceu nesta quinta, 24, aos 89 anos

(Foto: Mariana Alves / Iphan)

O diretor Vladimir Carvalho faleceu nesta quinta-feira, dia 24 de outubro, aos 89 anos, em Brasília. Sua obra, voltada à celebração da cultura e da identidade nacional, foi marcada por fortes crenças sociais e se transformaram em uma nova linguagem para o audiovisual brasileiro. 

O Ministério da Cultura divulgou uma nota de pesar. Confira: 

“Nascido em Itabaiana, na Paraíba, mudou-se para a Bahia, onde passou a integrar o movimento Cinema Novo. A abordagem humanizada e com especial atenção às questões sociais foi considerada inovadora e se fez presente nos mais de dez documentários que produziu ao longo de seus 89 anos. Filósofo por formação, era presença constante em debates e mobilizações democráticas.

Em 1964, durante o Golpe de Estado que instalou a ditadura militar no país, Vladimir e Eduardo Coutinho filmavam ‘Cabra Marcado para Morrer’, no engenho Galiléia, em Pernambuco. Depois de algum tempo no interior do estado sob outra identidade para fugir da repressão, seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou como jornalista.

Em 69, Vladimir apresentou o curta-metragem ‘A Bolandeira’ no Festival de Cinema de Brasília. Foi convidado por Fernando Duarte, companheiro das filmagens do ‘Cabra Marcado para Morrer’, para participar do núcleo de produção de documentários do Centro-Oeste na Universidade de Brasília (UnB), e não deixou mais a capital federal. Nela, fundou a Associação Brasileira de Documentaristas seção DF. Nos anos 1980, filma os longas ‘O Homem de Areia’ (1981) e ‘O Evangelho Segundo Teotônio’.

Em 1994, Vladimir criou a Fundação Cinememória. Quatro anos mais tarde, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) concedeu ao cineasta o título de Cidadão Honorário de Brasília. O ano marca ainda a produção do longa-metragem ‘Barra 68’, que conta as agressões que a Universidade de Brasília sofreu durante a ditadura. Em 2004, é nomeado embaixador cultural de Brasília – reconhecimento sobre seu legado e contribuição inestimáveis, seja para a cultura, seja para a sociedade brasileira”. 

Homenagens 

Na noite desta quinta, 24, o Canal Brasil reexibiu a entrevista do documentarista ao “Cinejornal”, apresentado por Simone Zuccolotto, e três longas-metragens dirigidos por ele: “O País de São Saruê”, “Giocondo Dias – Ilustre Clandestino” e “Rock Brasília – Era de Ouro”.

O cineasta ainda será homenageado pelo Curta! com a exibição neste sábado, 26, às 19h, do episódio “Nós, Documentaristas: Vladimir Carvalho”, da série sobre os principais nomes do documentário brasileiro. A obra poderá ser vista também no domingo, 27, às 11h30. A produção está disponível no Brasiliana TV, streaming do Curta!. 

O Mercado SAPI, que acontece em Goiânia ao longo desta semana, também prestou uma homenagem a Carvalho durante a programação da tarde desta quinta. 

 

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