Para CPqD, decisão sobre TV digital não pode ser apressada

No debate do conselho de comunicação social sobre TV digital realizado nesta quinta, 26, em Brasília, apenas Marcelo Zuffo, da USP, defendeu a necessidade de se decidir rapidamente que padrão adotar e quando implantar a TV digital no Brasil, sob pena de o broadcast brasileiro se tornar ultrapassado. Os demais participantes (Max Henrique Costa, professor de engenharia elétrica e computação da Unicamp; Hélio Graciosa, presidente do CPqD e; Guido Lemos Filho, coordenador da Comissão Especial de Sistemas Multimídia e Hipermídia da Sociedade Brasileira de Computação) defenderam uma decisão mais cautelosa. Para eles, o Brasil deveria esperar um pouco mais para ver como os padrões se comportam em seus diversos mercados antes de decidir que caminho tomar. Hélio Graciosa foi além, defendendo que a TV digital não é uma questão tecnológica e sim, uma questão de modelo de negócio. Em sua argumentação, Graciosa usou o exemplo do setor de telecomunicações, que vive uma de suas piores crises. "É preciso ter muito cuidado com a febre tecnológica. O setor de telecomunicações vive a sua pior crise desde a invenção do telefone, porque ficou provado que o mercado não é capaz de absorver toda a tecnologia disponível de maneira tão rápida. Para que isto não aconteça no setor de radiodifusão é preciso que o modelo de negócios seja muito bem discutido e desenhado", argumentou o presidente do CPqD. Vale ressaltar que o CPqD e
laborou estudo detalhado sobre TV digital que servirá de base para a decisão da Anatel acerca do padrão e modelo de negócios.
Fernando Bittencourt, da TV Globo, defendeu uma implantação rápida da TV digital, alegando que a própria indústria pode ser afetada, pois continuará a produzir aparelhos analógicos, quando o resto do mundo estiver consumindo apenas aparelhos digitais.

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