A Netflix estreou nesta quinta, 26, o longa-metragem documental "A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio". A produção da Boutique Filmes traz um novo olhar sobre o desaparecimento da modelo Eliza Samudio e de seu filho de quatro meses em 2010. Oito pessoas foram condenadas pelo sequestro e assassinato de Eliza – incluindo o pai da criança, Bruno, goleiro e capitão do Flamengo – mas, até hoje, seu corpo não foi encontrado, deixando um emaranhado de mistérios e contradições.
O original Netflix acerta o foco em Eliza Samudio, cuja perspectiva nunca foi compartilhada e contém segredos chocantes. "Queríamos contar a história sob o ponto de vista da vítima. Na época do crime, toda a cobertura da mídia estava centrada no Bruno", conta o produtor Gustavo Mello, sócio e cofundador da Boutique, em entrevista a TELA VIVA.
Segundo ele, a ideia foi levada à Netflix, com a qual a produtora já tinha uma parceria bem estabelecida, e a plataforma teve papel central no desenvolvimento.
A equipe de produção teve acesso ao laptop da Elisa e, com isso, acesso a todas as mensagens de MSN dela com amigos e familiares. Esta investigação segue pistas intrigantes, envolvendo ainda mais o público e desvendando as circunstâncias sombrias que cercam a morte de Eliza.
O documentário entrevista amigos e familiares de Elisa Samudio. Para isso, vai até Foz do Iguaçu em busca da história da vítima. "Encontramos uma jovem que sonhava com futebol, queria ser goleira e viu que seus sonhos não cabiam naquela Foz de Iguaçu da época e foi para SP e para o Rio em busca de seu sonho", conta Mello.
Segundo a produtora executiva Adriana Gaspar, mesmo quando busca um perfil diferente do goleiro Bruno, o documentário retrata um ponto de vista feminino, acessando uma entrevista com a sua ex-mulher. "Tivemos o cuidado de ter o olhar feminino em todo o desenvolvimento e produção", diz a produtora.
A obra, dirigida por Juliana Antunes, conta com uma equipe majoritariamente feminina. Produzido por Gustavo Mello, com produção executiva de Adriana Gaspar e Thais Morresi, o filme contou com Jordana Berg como chefe de montagem e direção de fotografia de Janice d'Ávila. O roteiro é de Caroline Margoni e Carol Pires.