Virgilio Abranches, vice-presidente de Jornalismo, Conteúdo e Operações da CNN Brasil, declarou que a TV conectada é "o futuro da comunicação linear" durante sua participação no painel "O Impacto do Conteúdo ao Vivo no Fast", nesta terça-feira (27). A afirmação ocorreu na Rio2C, evento realizado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, em um debate proposto pela Samsung TV que contou também com Teresa Penna, head de distribuição da LiveMode/Cazé TV, e mediação de Evandro Figueira (IMG).
Abranches informou que a CNN Brasil alcança aproximadamente 12 milhões de pessoas por meio das TVs conectadas. Ele acrescentou que, ao somar o público do canal CNN Money, no ar desde novembro de 2024 pela mesma via, esse saldo atinge 16 milhões de espectadores, números que não contabilizam PayTV ou YouTube.
O jornalista observou que as TVs conectadas têm se mostrado essenciais na democratização da informação, em contraste com um modelo anteriormente dependente de transmissões por satélites e de uma rede de emissoras afiliadas. No contexto da TV 3.0, Abranches apontou que "o desafio do jornalismo será encontrar um engajamento que não seja tóxico", ou seja, que não alimente torcidas políticas e consiga informar de modo factual, com a isenção que a notícia pede.
Conforme exposto por Abranches e Penna no painel, jornalismo e esportes se diferenciam na busca por engajamento. Ele explicou que o esporte convida as torcidas à animação, enquanto o jornalismo procura enxugar reações extremadas e comentários exaltados, que, segundo ele, muitas vezes motivam a desinformação, em especial no noticiário político.
Abranches observou ainda que a vantagem da CNN sobre a concorrência está nos pilares da casa, apoiados em "equilíbrio e imparcialidade", o que se contrapõe à vocação do esporte para instigar torcidas. Ele concluiu sua fala celebrando a troca de experiências durante sua participação na Rio2C.