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Após quatro anos, “Um dia Qualquer” estreia sua segunda temporada

Segunda temporada de "Um Dia Qualquer". (Crédito: Divulgação)

O canal Space e a o streaming Max estreiam na próxima segunda-feira, 30, a segunda temporada de “Um dia Qualquer”, coprodução com a Elixir Entretenimento e a Com Domínio Filmes, quatro anos após a chegada da primeira temporada. A série, sucesso de audiência, é resultado da tradicional resiliência do audiovisual brasileiro, tendo enfrentado percalços que levaram ao grande período entre as temporadas.

“Essa série é muito cheia de particularidades, sobretudo de timing, porque ela originalmente é um filme”, brinca Silvia Fu, diretora de Conteúdo de Ficção da WBD Brasil. Idealizada como um longa, que teria uma série na sequência, “Um dia Qualquer” encontrou uma pandemia pelo caminho e, consequentemente, as salas de cinema fechadas, forçando a inversão dos lançamentos. Com isso, o longa estreou quase dois anos após a série.

Financiada com recursos do Artigo 39 da MP 2.228/2001, a série encontrou outro problema pelo caminho, o período de congelamento dos recursos públicos na produção audiovisual. “Desde a decisão por uma segunda temporada, foram três anos entre o roteiro e a filmagem e a finalização pra gente chegar aqui”, conta o produtor da série, Denis Feijão.

Estrelada por Mariana Nunes, Vinícius de Oliveira, Augusto Madeira, Eli Ferreira, Adriano Garib e João Vitor Silva, o drama policial acompanha as complexas dinâmicas de poder, violência e corrupção em uma região do subúrbio carioca. Impactados pelos conflitos entre a milícia e o tráfico, os personagens terão que resolver seus próprios problemas, a qualquer custo.

A narrativa da segunda temporada se conecta com a primeira de várias maneiras. A primeira temporada apresenta uma história intercalada com flashbacks de dez anos, enquanto a segunda temporada avança essa linha do tempo, explorando eventos que ocorrem dez anos após os acontecimentos da primeira. Além disso, a nova temporada inclui flashbacks que aprofundam a história pregressa dos personagens, permitindo uma compreensão mais rica de suas motivações e histórias pessoais.

Os criadores da série enfatizaram a importância de manter a continuidade temática, abordando questões sociais relevantes, como tráfico e milícias, que foram centrais na primeira temporada. Eles buscaram fortalecer os laços entre os personagens e suas histórias, criando uma narrativa que se complementa e expande o universo apresentado anteriormente.

Assim, a segunda temporada não apenas continua a história, mas também a enriquece, oferecendo uma visão mais ampla e profunda dos personagens e do contexto social em que estão inseridos.

“Essas são histórias reais. Numa visita de locação, o diretor Pedro von Krüger encontrou uma traficante mulher e trouxe para a série a postura dela: como é a relação dela com a sociedade, que pode ser um pouco diferente da de um miliciano da antiga, ou do miliciano de hoje, que pensa mais nessa questão dos negócios, de fonte de lucro”, conta Silvia Fu.

“Foi um trabalho gigante de pesquisa, de uma sala de roteiro feita a quatro mãos com o canal, com o time do canal, onde a gente quis abordar, não deixar pra trás essas histórias que abordam questões sociais”, complementa Feijão.

Expectativa

A série estreia com todos os episódios simultaneamente na plataforma Max. Já no canal Space, vai ao ar diariamente, num ritmo mais acelerado do que o convencional. 

A expectativa com a performance da série é elevada, já que encontrou bons resultados na audiência na primeira temporada. Naquela ocasião, a plataforma Max ainda não existia. Portanto, a série entrou no acervo já como catálogo. No entanto, Fu conta que ela vem sendo “redescoberta” pelos assinantes.

“Como, no streaming, era uma série de biblioteca, ela ficava ali, sem muita sugestão. Com o lançamento da série “Cidade de Deus”, o algoritmo entendeu a semelhança e passou a sugerir para as pessoas”, conta. As duas séries têm vários pontos em comum, como tema, uma base real, o crime e parte do elenco.

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