Produção para TV mantém estúdios ocupados

Novo estúdio de 800 m² da Quanta, em São Paulo

A locação de estúdios e equipamentos é um bom termômetro da atividade de produção no país. Na visão da Quanta, uma das principais empresas do segmento, a atividade está se mantendo bem, a despeito da retração geral da economia. "Esperávamos uma queda este ano, que não está acontecendo. Não há crescimento, mas o nível da atividade está se mantendo", disse o gerente comercial da empresa, José Alexandre, o Dudu.

A produção para TV, especialmente TV por assinatura, é o carro-chefe desta ocupação. Antes da Lei do Seac, conta Dudu, a ocupação média dos estúdios era de 50%. Hoje é de 85%.

Além disso, a produção para TV, que era pequena há alguns anos (exceto, claro, a produção própria das emissoras), representa hoje 65% do total na empresa (efeito também da queda forte na produção publicitária).

Curiosamente, o mundo dos games tem sido também um demandante de infraestrutura. A empresa responsável pelo game "League of Legends" loca permanentemente um dos estúdios da Quanta, na Vila Leopoldina, em São Paulo, para disputas do campeonato local, que são transmitidas exclusivamente na Internet. E um dos estúdios maiores está sendo montado agora para uma das finais parciais do campeonato, com plateia e transmissão ao vivo.

Em novembro a empresa inaugurou um estúdio novo, de 800 m², locado por três anos pela Formata para a produção de programas de TV (foto acima).

Segundo Dudu, está havendo um redescobrimento da produção em estúdio pelas produtoras. "Até pouco tempo atrás, só a TV aberta usava estúdio. As produtoras preferiam trabalhar em locação, pelo custo menor, bem como o cinema. Mas estão voltando ao estúdio por ver que há benefícios, como o isolamento acústico, o controle da luz e a possibilidade de gravar a qualquer hora do dia, qualquer dia", conta.

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