Claro prepara lançamento da Claro Streaming Box

Aparentemente a Claro já está pronta para lançar um serviço OTT puro, para atender clientes de serviços de banda larga de qualquer operadora. O site Tecnoblog teve acesso ao encarte e ao manual de instruções do equipamento do futuro serviço, que será chamado Claro Streaming Box.

De acordo com a reportagem, o serviço será comercializado para não assinantes de TV e sua contratação não está atrelada à banda larga fixa da Claro. A instalação será feita pelo próprio assinante, que recebe o equipamento em comodato sem fidelização. O produto contará com canais ao vivo distribuídos por streaming, incluindo canais de TV abertos, bem como conteúdos da TV por assinatura. As marcas mencionadas no folheto publicado pelo site são aquelas que já contam com aplicativos para venda avulsa ou em conjunto com TV por assinatura, como Telecine, HBO, Fox Premium, Paramount+, Philos, Premiere, Combate e Now, além de Looke e Netflix.

Não está explícito se os serviços mencionados contam ou não com programação linear. A Claro destaca, no entanto, que o novo produto não é adequado a quem busca uma experiência completa de TV por assinatura, "a experiência premium de entretenimento". Pelo contrário, aponta como uma solução para encontrar conteúdos e aplicativos em um só lugar.

Sem canais lineares, o produto não configuraria Serviço de Acesso Condicionado na interpretação que a Claro faz da Lei do SeAC. Com isso, a operadora passaria a competir em busca dos consumidores que não desejam ter a TV por assinatura tradicional, sem abrir de seu posicionamento em relação ao atual regramento.

Há uma semana, a Anatel suspendeu uma cautelar que impedia a oferta de canais lineares da Fox pela Internet, sinalizando uma mudança de opinião em relação ao enquadramento de aplicativos, ainda que com programação linear, ao SeAC. Com o lançamento do novo serviço, a operadora começa a formar uma base de assinantes caso a versão da Anatel seja a vitoriosa no embate jurídico. A operadora já manifestou publicamente que, caso haja um entendimento de que serviços lineares por streaming não são SeAC, passaria a oferecer de forma independente os canais, o Now e conteúdos exclusivos. Migrando do Serviço de Acesso Condicionado para o Serviço de Valor Adicionado (SVA), a operadora estaria apta a produzir e adquirir conteúdos e até direitos esportivos, o que a lei não permite às prestadoras de SeAC, ao mesmo tempo em que passaria a recolher menos tributos, incluindo a Condecine Teles, que hoje é a principal contribuição ao Fundo Setorial do Audiovisual.

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