Nos próximos cinco anos os set-top boxes evoluirão para incorporar tecnologias como o vídeo em 4k, 8k, capacidade para games e monitoramento doméstico. Esta foi a visão apresentada por Charles Cheevers, CTO de CPE (Costumer Premises Equipment, ou equipamentos da casa do usuário) da Arris, durante o primeiro Customer LEadership Forum, realizado pela empresa em Miami.
Além diso, conta, a tendência é que o wi-fi seja a forma de se transportar os sinais dentro da residência, eliminando os cabos, mas para isso é necessária uma evolução da tecnologia.
"Divido a evolução em quatro épocas: a do gateway IP, quando o set-top proverá todos os serviços da casa, depois a do wireless, quando acabarão os cabos. Em seguida, do vídeo IP, com um gateway central e várias caixas clientes espalhadas pela casa, permitindo o vídeo multiscreen e multiroom. Depois será a época da plataforma de serviços domésticos, com controle de ambiente, serviços de saúde e outros", disse Cheevers.
Um passo importante para esta realidade é a melhora da confiabilidade do wi-fi, que por ser não-gerenciado, não oferece qualidade de serviço (QoS). "Podemos resolver isso com novos gateways que gerenciem o serviço do wi-fi, priorizando certas aplicações ou dispositivos. Por exemplo, um filme em PPV pelo qual você pagou teria prioridade sobre um vídeo do YouTube, e a TV da sala teria prioridade sobre o tablet do filho", conta. O wi-fi ttambém tem um limite de velocidade e funciona como um gargalo, mesmo que a banda do usuário seja boa.
Com isso, o operador pode criar aplicações e cobrar por serviços, como o monitoramente das portas da casa, com sensores e câmeras, ou o monitoramento de idosos. "Podemos simplesmente monitorar se há atividade na casa, pelo uso da TV, por exemplo, e acionar um parente caso não haja movimento por algum tempo", disse Cheevers. "É uma forma do operador monetizar em cima de um equipamento que já está lá. Há empresas que cobram U$ 50 por mês por serviços deste tipo", conclui.