Com base de TV em queda, AT&T aposta em plataforma OTT

A base de TV por assinatura da AT&T perdeu 1,35 milhão de assinantes no terceiro trimestre de 2019, de acordo com dados divulgados pela telco. A perda inclui o churn na operação tradicional de TV e OTT, com menos 195 mil assinantes no AT&T TV Now (antigo DirecTV Now). Em relação ao ano anterior, a queda foi ainda mais substancial, diminuindo de 25,15 milhões, para 21,56 milhões de assinaturas.

O OTT, que era visto como uma espécie de seguro contra o churn na TV paga tradicional, portanto, não ajudou a operadora no terceiro trimestre.

Apesar do churn, o negócio de satélites da DirecTV segue com forte fluxo de caixa livre, de cerca de US$ 4 bilhões por ano. No entanto, em nota, o chairman e CEO da empresa, Randall Stephenson, afirmou que o serviço OTT se tornará a oferta padronizada e primária de televisão por assinatura.

Nesta terça, 29, serão divulgados mais detalhes da plataforma HBO Max, que deve concentrar mais esforços da operadora para o negócio de vídeo. Stephenson diz que o serviço de streaming baseado na plataforma HBO Max em algum momento se expandirá para além do VOD, incorporando a programação ao vivo.

A expectativa é que o serviço chegue a 80 milhões de assinantes globais, sendo 50 milhões nos Estados Unidos, até 2025. Para isso, o HBO Max deve ser liberado aos atuais assinantes dos canais HBO da operadora.

A receita consolidada da AT&T no terceiro trimestre foi de US$ 44,59 bilhões, ficando um pouco abaixo das estimativas no mercado – em torno de US$ 45 bilhões. O lucro líquido caiu 18%, para US$ 3,95 bilhões; que se traduziu no lucro ajustado por ação no terceiro trimestre de 94 centavos.

A receita operacional da WarnerMedia no terceiro trimestre foi de US$ 7,8 bilhões, queda de 4,4%. A receita da HBO, no entanto, cresceu 10,6%, para US$ 1,8 bilhão, e a receita da Turner, de US$ 3,0 bilhões, representou aumento de 0,6%.

Para os próximos três anos, a AT&T projeta que a receita consolidada cresça entre 1% a 2% ao ano. Neste período, a empresa pretende pagar toda a dívida acumulada por meio da transação de US$ 85 bilhões da Time Warner. Para isso, se comprometeu a seguir vendendo partes do negócio para manter seu balanço em forma e a não fazer grandes aquisições.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui