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Alckmin anuncia entrada do audiovisual no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial

(Foto: gov.br)

Nesta segunda-feira, dia 28 de outubro, teve início em São Paulo o Seminário Economia do Audiovisual e Interseccionalidades, agenda que faz parte do processo de elaboração do Plano de Diretrizes e Metas (PDM) do Audiovisual Brasileiro (2025-2034), instrumento estratégico de definição dos rumos da política de industrialização do setor audiovisual para os próximos dez anos. Ao longo de três dias, serão realizados debates e painéis que discutem temas como as dimensões econômicas do audiovisual e tendências e públicos para diferentes janelas, e também atividades restritas, como a reunião conjunta do Conselho Superior do Cinema e o Comitê Gestor do FSA e a reunião de pesquisas, dados e indicadores do ecossistema do audiovisual brasileiro. 

O vice-presidente Geraldo Alckmin esteve presente na abertura do Seminário. Na ocasião, agradeceu à Ministra da Cultura, Margareth Menezes, pelo trabalho feito desde que ela assumiu a pasta, e a parabenizou pela realização do encontro. Ele pediu, inclusive, que as propostas e questões debatidas ao longo dos próximos dias sejam levadas à presidência para que ele, ao lado do presidente Lula, possa contribuir diretamente para esses avanços. “Colocamos ainda à disposição do setor a Apex, que tem duas missões: atrair investimentos para o Brasil e promover o Brasil mundo afora. O setor pode contar com a Apex para divulgar a arte e a cultura brasileira, que é tão rica. Temos muito espaço ainda”, disse. O vice-presidente ainda celebrou a retomada da atividade de fomento do BNDES (em junho), dando crédito para o setor e, o mais importante, com juros zero. 

Alckmin anunciou que o audiovisual passará a fazer parte do CNDI, Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. O órgão foi recriado em 2023, após oito anos desativado, a partir de uma nova política que busca melhorar diretamente o cotidiano das pessoas, estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira, nortear o investimento, promover melhores empregos e impulsionar a presença qualificada do país no mercado internacional.

Em sua manifestação, o vice-presidente mencionou ainda o processo de regulamentação do VoD: “Temos dois projetos de lei e vamos ajudar para que, daí, saia uma boa regulação. É importante estarmos atentos a esse desdobramento para garantir que tenhamos um bom texto, que aprimore e traga uma regulação que seja positiva para o Brasil. Se a economia criativa é importante hoje, no futuro será ainda mais”. Ele falou também sobre a Lei do Audiovisual: “Vamos correr. Temos 50 dias para aprovar, o que é difícil, ou pedir para o presidente fazer uma medida provisória e, depois, teremos quatro meses para trabalhar nisso, já no começo do ano”. 

Alckmin refletiu sobre o atual cenário da economia criativa, fazendo um paralelo com outros setores, e destacou seu potencial de crescimento. “O setor primário, que é a agricultura, foi mecanizado. Passou a produzir muito mais com menos gente. Hoje, é tudo máquina – cana, soja. No futuro, não terá nem tratorista, só tratores autônomos. Toda a indústria será automatizada e robotizada para fabricar mais, com menos pessoas. É o setor terciário que irá segurar o emprego e a renda. A economia criativa vai liderar esse trabalho e será campeã do PIB e da geração de emprego. Hoje, ela já emprega, direta e indiretamente, mais de 600 mil pessoas. É de um significado enorme, e a tendência é crescer ainda mais”, afirmou. 

Por fim, ele ainda celebrou o recém-assinado Acordo de Cooperação Técnica entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e Ministério da Cultura / Secretaria do Audiovisual. Trata-se de um trabalho em conjunto em prol do desenvolvimento do audiovisual que visa o compartilhamento de dados e informações para a elaboração de diagnósticos do setor e estratégias de melhorias. 

 

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