Para evitar falhas na medição da qualidade, Anatel quer "profissionalizar" os PTTs

A Anatel já entrou em contato com o NIC.br – através do conselheiro Marcelo Bechara, que é membro do CGI – sobre as limitações dos pontos de troca de tráfego (PPTs) para a medição da qualidade da banda larga. Como se sabe, os servidores da Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ) são instalados nos PTTs do NIC.br.

A questão, como explica o superintendente de Planejamento e Regulamentação, José Alexandre Bicalho, é que muitos PTTs estão instalados em universidades, por exemplo. "A EAQ reclama que o PTT fica fora do ar, por exemplo, todo o fim de semana, e não consegue resolver porque ele está trancado na sala de uma universidade", afirma ele. A ideia, explica o superintendente, é criar mecanismos de "profissionalização" desses PTTs com pessoas dedicadas e linhas "hotline", por exemplo.

Banda larga móvel

Bicalho revela ainda que a Anatel está negociando com o Ministério das Comunicações para incluir o aplicativo de medição da qualidade nos smartphones desonerados. Esse aplicativo já está disponível para a plataforma Android e iPhone. Hoje a banda larga móvel é medida apenas com medidores instalados em escolas públicas.

Com a medição pelos smartphones, a Anatel conseguirá informações sobre a qualidade da rede georreferenciadas e a ideia é plotar essas informações em uma mapa de modo a permitir que o usuário saiba o desempenho da rede em determinadas áreas da sua cidade, assim como realizar comparações entre as prestadoras.

O coordenador da EAQ, Fabio Mandarino, lembra, entretanto, que a medição pelo software instalado no smartphone é influenciada pelo desempenho do próprio aparelho. Por isso, a Anatel ainda não sabe como essas medições poderão integrar os indicadores.

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