Ana Flávia Cavalcanti dirige, atua e assina roteiro do curta "Rã", exibido em Brasília

A história da primeira vez em que provou rã foi o mote para a criação do curta-metragem de Ana Flávia Cavalcanti, que dirige e assina o roteiro da produção e ainda atua na mesma. O filme, que foi co-dirigido e co-roteirizado por Júlia Zakia, está na Mostra Competitiva do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e foi exibido pela primeira vez na noite da última quarta, 27.

Em debate realizado na manhã desta quinta, 28, Zakia contou que a história veio à tona por acaso, quando as duas estavam justamente jantando rã. A diretora pediu então que Cavalcanti escrevesse esse enredo – em um primeiro momento, o material era apenas um conto; mais tarde, a quatro mãos, virou um projeto de curta-metragem que tomou forma a partir de um edital da Spcine. "Desde o começo, nosso processo foi feito com muita parceria. Tudo o que eu escrevia mandava para a Júlia, e vice-versa. Foi um trabalho muito rico e sem vaidade. A melhor ideia sempre ganhou. É uma história muito minha e particular, mas é antes de tudo uma história", analisou Ana Flávia.

"Enquanto ela, por ter uma experiência de peso na direção de fotografia, trouxe esse olhar artístico, eu fiquei com a espinha dorsal da história, que fala de uma família preta, pobre, do ABCD paulista. Consegui levar muito para o filme o que eu vivi na minha primeira infância. E eu e a Júlia nos complementamos muito nesse trabalho", concluiu.

No enredo de "Rã", Val e suas duas filhas vivem numa casa de 16 metros quadrados. Em uma madrugada, mãe e filhas são subitamente acordadas com palmas – era alguém chamando por Val no portão. A voz é de Neném Preto, amigo de Val e funcionário do mercadinho. No portão, a moça ouve dele um estranho pedido: usar seu quintal para colocar uma carga exótica. Mãe de família, ela hesita, mas acaba cedendo.

Assista a um teaser aqui:

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