Vivo está aberta à venda da base de DTH caso proposta apareça

Após deixar de vender TV por assinatura via satélite (DTH) para novos clientes desde o terceiro trimestre de 2019, a Vivo não descarta a possibilidade de vender a base do serviço na tecnologia caso um interessado na operação apareça – algo que, até o momento, ainda não aconteceu.

Durante teleconferência sobre o balanço da empresa no segundo trimestre realizada nesta quarta-feira, 29, o CEO da Vivo, Christian Gebara, foi questionado sobre a possibilidade do desinvestimento. "O DTH vai continuar caindo, considerando o churn natural e que não estamos mais adicionando novos clientes. Se alguém nos abordar para tentar comprar essa base e isso fizer sentido para nossos consumidores e para a forma que operamos, estamos abertos para discussão, mas no momento não temos isso na mesa".

Na ocasião, o executivo reiterou a aposta da empresa na tecnologia IPTV (via FTTH) e no chamado modelo híbrido, que alinha a banda larga fixa via fibra com serviços over-the-top (OTT) de parceiros como Netflix e Amazon: segundo Gebara, a companhia ainda negocia com outros serviços de streaming.

Ao mesmo tempo, "nós mantemos o IPTV como opção para esses consumidores que querem ter a TV por assinatura full service", adicionou Gebara. De acordo com ele, em que pesem diferenças regionais, o cliente com tal perfil não representa mais a maioria no País. Ainda assim, a vertical de IPTV registrou mais um crescimento robusto no balanço da Vivo no segundo trimestre, aumentando o faturamento em 22,3% (para R$ 265 milhões) e a base para 805 mil clientes (alta de 24,3%).

Já a TV por assinatura como um todo recuou 13% em base para (para 1,250 milhão de consumidores) e 12,4% em faturamento (para R$ 408 milhões). A Vivo não divulgou o número exato de clientes DTH do serviço ao fim de junho, mas segundo dados oficiais da Anatel, ao fim de maio eram 488 mil os consumidores da empresa atendidos via satélite.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui