Novos padrões de TV devem permitir chipsets de recepção universal

Ainda que diferenças existam, os futuros padrões de TV digital devem ter mais tecnologias em comum do que acontece com os atuais padrões, permitindo a criação de chipsets de recepção universais, que se beneficiarão de maior escala de produção. Trata-se de um previsão de Skip Pizzi, diretor de tecnologias de novas mídias da NAB (National Association of Broadcasters), dos EUA, que participou de debate no Congresso SET Expo, que acontece esta semana, em São Paulo.

Segundo ele, o padrão ATSC 3.0, que será adotado nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, deve ser lançado comercialmente entre 2018 e 2020. Para ele, o padrão será semelhante aos padrões DVB-T2 e o japonês Supe-HiVision em diversos pontos, com destaque ao uso de modulação de transmissão OFDM. Hoje, o ATSC é o único padrão adotar uma modulação diferente. Além disso, Pizzi cita suporte a redes IP, presente em algum intensidade em todos os padrões.

"O ATSC 1.0 está perto dos 20 anos de idade. Precisamos de um uso mais consciente de espectro, mais qualidade de imagem, convergência com outras plataformas e mobilidade", enumerou o diretor da principal associação de radiodifusores dos Estados Unidos.

Brasil

Para Ana Eliza Silva, gerente de planejamento e líder do regulatório de tecnologia da TV Globo, a evolução para um novo padrão digital é quase consensual. "Não existe disputa, mas uma convergência de que há elementos fundamentais no cenário futuro de televisão, como melhor qualidade de imagem e som e maior relação com a Internet. As diferenças estão, principalmente, na camada de transmissão, e são apenas técnicas", disse.

Para a engenheira, todo sistema precisa ser capaz de se aproveitar da convergência das redes, ter escala mundial, embarcar novos hábitos de consumo.

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