Nesta quinta, 29, foi aprovado o novo modelo para aferição da Cota de Tela de 2019, durante o sétimo encontro da Câmara Técnica do Segmento de Mercado de Salas de Exibição, presidido pelo presidente da Ancine, Christian de Castro. O modelo aprovado consolida a proposta de aferição por sessão, mas prevê incremento de 20% do cumprimento da cota para sessões após às 17h, bem como a divulgação das médias das salas. Segundo a Ancine, isso reduzirá a assimetria de informação no setor, dando mais transparência na negociação para a manutenção de obras brasileiras em exibição.
Ficou acordado também a Cota de Tela por Grupo Exibidor com mínimo de sessões por complexo, sem transferência entre o grupo. Ou seja, haverá um escalonamento da obrigação da cota, de acordo com o número de salas de um complexo exibidor, que será medida em porcentagens de sessões. De acordo com essa lógica, grupos menores devem possuir uma obrigação de cota menor e o percentual de obrigação de cota de tela deve ser tanto maior, quanto mais salas detiver o grupo exibidor. Na prática, se um grupo exibidor de 10 salas exibe 1000 sessões anuais, a obrigação desse grupo deve ser de 100 sessões de filmes nacionais.
A proposta de modelo aprovada na reunião seguirá agora para a Oitiva e em seguida encaminhada para a Presidência da República, que tem até o fim do ano para publicar o Decreto da Cota de Tela de 2019.
Câmera Técnica de Cinema
A Câmara Técnica foi criada após reunião de representantes do setor audiovisual com o ministro da Cultura em dezembro do ano passado. Havia divergências entre os segmentos da indústria audiovisual em relação ao tema e o debate caminhava para um impasse. Sá Leitão reuniu representantes de todos os elos da cadeia de valor do cinema para buscar um denominador comum. Na ocasião, foi feito um acordo para a Cota de Tela de 2017; e pactuou-se a criação, no âmbito da Ancine, da Câmara Técnica, com o objetivo de adequar a Cota de Tela à realidade do mercado, a partir de um entendimento da produção, da distribuição e da exibição.