O 15º Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira divulgou os selecionados para a Mostra Outros Esquemas. A mostra não-competitiva, que passou a integrar a programação do CEN em 2019, reúne oito filmes de cinco estados do Brasil que exploram o fazer artístico, os processos criativos e as trajetórias de importantes artistas brasileiros. As obras selecionadas adentram histórias relevantes para a memória da arte nacional, bastidores de exposições, composições musicais e peças teatrais, além de ações que fortaleceram e que continuam fortalecendo movimentos culturais no país.
Os filmes que integram a seleção são: "Arruma um Pessoal pra gente botar uma Macumba num Disco" (Chico Serra), "Arte da Diplomacia" (Zeca Brito), "Batimento" (Anderson Astor), "Boom Shankar – O filme perdido do Guará" (Sérgio Gag), "Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo" (Joel Zito Araujo), "Hélio Melo" (Leticia Rheingantz), "Mborairapé" (Roney Freitas) e "Um Corpo Só" (Cacá Nazario).
O 15º Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira ocorre de 14 a 23 de fevereiro, com entrada franca. As obras audiovisuais serão exibidas em seis mostras, que ocupam a Cinemateca Capitólio, Goethe-Institut Porto Alegre, Cinemateca Paulo Amorim, MACRS – Galeria Sotero Cosme, Casa de Cultura Mario Quintana e Casa Baka. Nos próximos dias serão divulgados os detalhes da programação, que inclui debates, Seminário "Pensar a Imagem" e oficina Câmera Causa.
Obras selecionadas para a Mostra Outros Esquemas:
- "Arruma um Pessoal pra gente botar uma Macumba num Disco", de Chico Serra (RJ, 2023): Documentário musical em torno das criações sonoras de Getúlio Marinho (1889-1964), sambista responsável por levar os pontos de macumba para o disco.
- "Arte da Diplomacia", de Zeca Brito (RS, 2023): Londres, 1944, em meio aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial a Arte Moderna brasileira era apresentada ao mundo pela primeira vez. Um gesto de diplomacia cultural que ficou esquecido por décadas, que uniu territórios e definiu o papel do país na luta contra o nazifascismo.
- "Batimento", de Anderson Astor (RS, 2023): Batimento é um documentário curta-metragem que explora os bastidores da produção da instalação de mesmo nome concebida pelo artista Túlio Pinto, durante a 13ª edição da Bienal do Mercosul.
- "Boom Shankar – O filme perdido do Guará", de Sérgio Gag (SP, 2024): 1972. Uma Kombi viaja da Holanda à Índia. Essa jornada é a matéria-prima de Boom Shankar, único filme dirigido por Guará Rodrigues, personagem mítico do Cinema Brasileiro de Invenção. Aquele filme nunca foi concluído, mas fragmentos recentemente encontrados são combinados com depoimentos de integrantes da viagem que recuperam o espírito libertário e pioneiro da época.
- "Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo", de Joel Zito Araujo (MG, 2024): "Brasiliana: o musical negro que apresentou ao mundo" resgata a história da companhia Brasiliana, que ao longo de seus 25 anos de atividade percorreu mais de 90 países.
- "Hélio Melo", de Leticia Rheingantz (AC e SP, 2024): Por meio de uma sobreposição inédita da obra de Hélio Melo com retratos atuais do Acre, embarcamos na peleja do artista para contar a história dos seringueiros e povos originários da Amazônia.
- "Mborairapé", de Roney Freitas (SP, 2023): RAP é um caminho da música. Jaraguá é Guarani.
- "Um Corpo Só", de Cacá Nazario (RS, 2024): Documentário com elementos de ficção, teatro e delírio que acompanha a trajetória da Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz, onde o íntimo e o político é borrado pela possibilidade de entender a imaginação criadora como ferramenta de resistência.