
Os filmes exibidos na quarta edição do Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus estão disponíveis gratuitamente na plataforma Todesplay. As produções, majoritariamente de cineastas da Amazônia, podem ser assistidas até o dia 2 de fevereiro. O acesso é feito por meio de login no site todesplay.com.br/ ou pelo aplicativo no Google Play.
A mostra na plataforma Todesplay está dividida em três partes: até 31 de janeiro – Filmes, animações, clipes e múltiplo formatos da região amazônica; 30 e 31 de janeiro – Todos os filmes; 31 de janeiro a 2 de fevereiro – Filmes ganhadores do prêmio Zélia Amador de Deus.
Os espectadores podem contribuir para a escolha do prêmio de licenciamento Todesplay, que concederá R$ 300 a um filme da região amazônica por três meses. Para votar, basta comentar na plataforma no filme favorito da região.
Entre os filmes disponíveis, estão: “Paracuri – Mãos que Criam”, de Yasmin Mesquita e Karolayne Torres; “A Cobra Grande da Ilha de Fazendinha”, de Victor Marcos dos Santos Catete Fonseca; “Viagens para o Interior: Vila do Cocal”, de Elaína Ferreira; e “Além da Estrada”, de Rute Araújo e Victor Souza.
O 4º Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus, realizado pela produtora Cine Diáspora, foi aprovado no Chamamento Público – Lei Paulo Gustavo – Apoio a cineclubes, festivais e mostras do município de Belém.
Para Rafael F. Nzinga, diretor da Cine Diáspora, a disponibilização online amplia o acesso à produção audiovisual amazônica, principalmente para o público que não pôde comparecer às mostras presenciais do Festival Zélia Amador de Deus nas ilhas.
“A digitalização das obras alcança aqueles que não podem estar presentes nas mostras presenciais. Isso democratiza o acesso à cultura amazônica e fortalece a visibilidade dos cineastas locais, permitindo que suas narrativas ganhem uma audiência mais ampla”, afirma.
O 4º Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus ocorreu entre os dias 14 e 26 de janeiro nas ilhas de Belém, com exibições de filmes, formação audiovisual, debates e encontro de profissionais do audiovisual negro brasileiro. Este ano, a programação homenageou a liderança quilombola Felipa Maria Aranha, da região do Baixo Tocantins (PA).
Um dos destaques da programação foi a sessão de filmes com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, no dia 24 de janeiro, no Museu da Imagem do Som (MIS), em Belém. A sessão reuniu mais de 60 pessoas, incluindo cerca de 25 com deficiência visual. Essa é a primeira ação da produtora Cine Diáspora voltada para pessoas com deficiência visual, que promete em breve lançar formação audiovisual para esse público.
Iniciado em 2019, o Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus é dedicado a produções realizadas por pessoas negras. O festival é realizado de forma bianual e já passou por cinco cidades do Pará, exibindo mais de 100 filmes, premiando 12 realizadores e auxiliando na formação de mais de 50 pessoas da região Norte.