Free The Work Brasil apresenta balanço de 2021 com diretores de publicidade/marketing

No início de 2022, o Free The Work Brasil, liderado pela embaixadora Mariana Youssef, divulgou sua pesquisa anual para o grupo de diretoras de publicidade e comerciais de sua comunidade no Brasil. Este ano, a pesquisa ouviu 41 diretoras de publicidade/marketing participantes do movimento, que compartilharam seus insights sobre a diversidade dentro das agências, o trabalho durante uma pandemia e o sentimento geral em torno da representação no setor. Os dados apresentados ao longo deste relatório são anedóticos, refletindo as experiências da amostra populacional pesquisada.

O balanço, feito por um grupo de diretoras que são membros da plataforma no Brasil, aponta que 83% das diretoras pesquisadas informaram que são representadas por alguma produtora audiovisual. 46% das respondentes consideram que a pandemia influenciou negativamente o trabalho e 27% afirmam que o impacto foi positivo. Aqui observamos uma retomada gradual do trabalho para essas diretoras, ao contrário da pesquisa anterior em 2020, em que 70% dessas diretoras afirmaram que a pandemia tinha afetado negativamente seu trabalho.

Além disso, quanto ao volume de projetos orçados, em 2021, 54% das diretoras acreditam que houve aumento no volume de solicitações de orçamentos. Nesse sentido, pela primeira vez, a Havas BETC foi a agência que parece ter mais orçado para a produção de filmes com diretoras, com base nos relatos das criadoras que participaram da pesquisa, Mutato e FCB ficaram empatados em segundo lugar. E a Publicis caiu para o terceiro lugar.

Muito embora, as agências que parecem ter realmente trabalhado mais com as diretoras que participaram da pesquisa foram a Publicis (com 24%), seguido da agência Africa (com 22%). "Desde que começamos esse trabalho de conscientização e monitoramento do mercado, a Publicis tem se mantido nessa posição. Gradativamente, estamos vendo que o mercado tem se inspirado nesse movimento contínuo de inclusão de talentos diversos e realmente trabalhando com mais mulheres em seus projetos", compartilha Marianna Souza, presidente da APRO e porta-voz do Free The Work no Brasil.

O ranking das agências que mais trabalharam com mulheres, baseado nas respostas das diretoras participantes da pesquisa, traz a Havas BETC em terceiro lugar e a Sunset em quarto lugar.

Sobre os segmentos mais produzidos, documental / testemunhal está em primeiro lugar, Lifestyle em segundo e Beauty / Fashion em terceiro. Apenas 27% do volume total de filmes produzidos pelo grupo de diretoras pesquisadas em 2021 foram relacionados a pautas afirmativas (diversidade e representatividade). Em 2020, esses filmes representavam 35% dos projetos realizados pelas diretoras.

"A diminuição de filmes produzidos por diretoras sobre pautas afirmativas, nos deixa muito felizes em ver que as mulheres do Free The Work estão cada vez mais sendo procuradas para realizar trabalhos além dos conteúdos de causa. Mulheres podem e devem produzir e dirigir qualquer temática e é primordial que o mercado entenda e reconheça essa versatilidade. Por mais que as pautas de representatividade sejam essenciais, as mulheres do audiovisual são muito mais do que isso", diz Mariana Youssef, embaixadora do FreeTheWork no Brasil.

Sobre a avaliação do Free The Work, 73% das diretoras avaliam o trabalho do movimento como bom ou ótimo e 42% afirmam que têm contribuído para o aumento nos pedidos de orçamentos e projetos. Por fim, em relação à APRO, 95% consideram que a parceria com a ONU Mulheres e a plataforma Aliança Sem Estereótipos foi ótima ou boa.

"Como uma organização com uma missão que é fundamentalmente global, estamos entusiasmados em usar esta pesquisa para destacar as experiências do nosso criador no Brasil e medir o progresso da indústria à medida que continuamos a empurrar a agulha para a frente." – Aja Wiley – líder global do Free The Work.

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