Wall Street nunca entendeu bem a indústria do cabo. Agora, muitos analista parecem mais confusos que nunca.
No coração desta confusão está a preocupação em saber se a duradoura tendência de aumento do número de assinantes de cabo chegou ao fim, se o cabo vai perder assinantes para o satélite nos próximos anos e, se isso acontecer, se conseguirá se recuperar vendendo serviços de maior valor agregado a seus assinantes.
Algumas MSOs vêm anunciando queda em sua base de assinantes de pacotes básicos. Entre elas a AT&T Broadband, maior operadora dos EUA, e a Charter. Outras continuam computando aumentos leves, mas já avisam que a tendência pode terminar. A última a entrar nesta categoria é a Cox, que reportou um crescimento em seu pacote básico de apenas 1,2% no terceiro trimestre deste ano. A empresa ainda reavaliou para baixo suas estimativas de crescimento para o ano todo, de 1,3% a 1,5% para 1,1% a 1,2%.
Qualquer notícia negativa na questão da base de assinantes leva os investidores ao pânico.
Mesmo a Cox tendo anunciado um aumento de 15,5% em receitas no trimestre e um salto de 14% em seu cash flow, suas ações caíram quase 8% depois do relatório trimestral, principalmente por causa das obscuras perspectivas de crescimento da base. No ano, as ações da Cox, considerada uma das mais bem administradas empresas do setor no país, acumulam quedas de cerca de 30%.
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