Há atualmente 17 milhões de conexões fixas de Internet no Brasil, ou seja, o Governo terá dois anos para conectar 13 milhões de acessos para cumprir uma das principais metas do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), que é chegar em 2014 com 30 milhões de conexões de Internet fixas. A informação é da pesquisa TIC Provedores e foi divulgada nesta quarta-feira, 30, pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Para concluir essa missão, o PNBL terá de aumentar a densidade de provedores de Internet, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde a proporção do número de operadoras, por 100 mil habitantes, é de 0,76 e 0,81, respectivamente. A divisão dos acessos por classe sócio-econômica também é desproporcional: na classe C, 24%; na E, 3%; contra 90% na classe A e 65% na B. Nas áreas urbanas, 31% e nas rurais, 6%.
Ao contrário do que informam as teles, que divulgam frequentemente a universalização do acesso à Internet nas escolas públicas urbanas, 30% desses estabelecimentos ainda estão desconectados da web, segundo o TIC Provedores 2011, com 81% dessas escolas sem computadores.
Segundo o estudo, nem todas as micro e pequenas empresas (com até nove funcionários) que têm computador, possuem conexão à Internet: 77% estão conectadas, mas 8% delas, não.
Concentração
A pesquisa da NIC.br alertou também para a super concentração dos serviços de telecomunicações na mão de poucas empresas. A grande maioria (80%) do mercado de acesso à Internet fixa (que atualmente soma 13,6 milhões de conexões) se restringe a seis grandes provedores: Oi, Telefônica, Embratel, Net, GVT e CTBC.
Velocidade e tecnologias
Quanto à velocidade de conexão, a maior parte dos provedores tem sua oferta centralizada nas seguintes faixas de velocidade: até 512 kbps (89%), de 512 kbps a 2 Mbps (81%) e de 2 Mbps a 12 Mbps (48%).
A pesquisa revela, ainda, que 57% das conexões de banda larga utilizam a tecnologia xDSL; 23% a tecnologia de cable modem, 10% utilizam redes sem fio; 5% cabos Ethernet; e 4% são de conexões ópticas.