Academia de Filmes anuncia nova profissional de atendimento

Segundo pesquisa da Getty Images, realizada em parceria com a YouGov, 80% das pessoas em todo o mundo acreditam que as empresas precisam trabalhar melhor para alcançar representatividade genuína em suas publicidades. Para sair apenas do discurso e se aproximar desse momento de maior empatia e diversidade global, a Academia de Filmes contrata Marianne Clemente como sua mais nova profissional de atendimento. É a primeira mulher transexual a ocupar o cargo na produtora.

Marianne é formada em Administração e Ciências Contábeis, com pós-graduação em Gestão Pública. Seu último trabalho foi como recepcionista executiva bilíngue em uma multinacional de telecomunicações. Ela também assessora a cantora MC Trans, é professora de maquiagem, atriz e voluntária em ONGs de direitos humanos.

"A Marianne chega na Academia em um ótimo momento. Nós enxergamos esse movimento das marcas em busca de uma maior diversidade nas suas comunicações, e ela vem com esse propósito de aproximar o diálogo e falar a mesma linguagem dessas marcas. Além disso, a contratação dela ajuda a tornar nosso ambiente ainda mais plural e diverso, contribuindo para atrair mais talentos na casa", pontua em nota Elaine Salles, produtora executiva da Academia de Filmes

"A Academia de Filmes é e sempre foi um lugar aberto à diversidade. Estamos convictos da urgência e necessidade do movimento de inclusão, E já. Não só planos, mas ação. A contratação da Marianne se deu por suas qualidades e seus talentos. A princípio, a ideia seria a contratarmos para outro cargo. Entretanto, na entrevista, ela nos surpreendeu ao deixar expresso todo o seu potencial que, se voltado para a área de atendimento, poderia ser desenvolvido. Então juntos, nós e ela, traçamos um plano de carreira que nos pareceu a todos seria muito mais enriquecedor e profícuo em todos os aspectos. Ela acrescentará muito à equipe e à empresa", completa Marily Raphul, sócia e fundadora da Academia de Filme.

"A gente espera ser inserida. E existe a forma correta de fazer isso. Não buscamos privilégios, mas é uma forma diferenciada porque desde muito cedo foram cerceados nossos espaços. Quantas travestis no atendimento ou dentro de produtoras e empresas de comunicação e propaganda você conhece? É muito fácil falar de diversidade e colocar uma bandeira LGBT na sala, por exemplo. Porque isso é visual. Mas a diversidade vai acontecer mesmo quando você contratar alguém. Não é só um discurso, você mostra. Hoje o que a gente precisa não é de discurso. A representatividade da minha figura é muito importante para que outras empresas vejam como exemplo que elas também podem contratar uma travesti. Hoje em dia uma empresa que não se prepara para a diversidade estará por fora das tendências do mercado", declara Marianne Clemente, que se junta a mais duas profissionais na equipe, Elaine Salles e Gabriela Fongaro.

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