Para a Eletros, o mais importante é o modelo de negócios

Para a Eletros, a possível adoção de um sistema brasileiro de TV digital é uma proposta a ser estudada. Ainda assim, a falta de escala pode ser um problema. Segundo o diretor de tecnologia da Eletros, Walter Duran, é inviável trabalhar no desenvolvimento de tecnologia de ponta se não houver "aplicações globais". "Mesmo nos EUA, onde são vendidos 25 milhões de aparelhos de TV por ano, o desenvolvimento tecnológico tende a ser para uso também no mercado externo. No Brasil, onde vendemos cerca de 5 milhões de aparelhos ao ano e 85% da base instalada é formada por televisores de 14 e 20 polegadas, não pode ser muito diferente."
Para Duran o que deve ser debatido é o modelo de negócios. Uma discussão que envolveria assuntos como os tipos de serviços a serem prestados, como treinar a população e quem são os players, entre outros temas não menos complexos. "Se o plano de negócios for satisfatório para o público final, a indústria irá acompanhá-lo, em qualquer padrão ou tecnologia. Mas se não houver um ganho para os usuários, a indústria enfrentará problemas de escala", explica.

Sem pressa

Segundo o diretor de tecnologia, a Eletros não tem pressa na escolha do padrão, qualquer que seja ele. E, quanto ao tempo levado para a adaptação da indústria, Duran diz que, para os três sistemas em estudo no Brasil, os aparelhos estarão no mercado entre um ano e 18 meses após a definição do padrão. "Para um sistema brasileiro, não há como sabermos. É um sistema ainda desconhecido", diz.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui