Adiamento em Goiânia dá mais tempo para acerto com afiliadas

A decisão do Gired (grupo de implementação da TV digital, coordenado pela Anatel) de postergar até o dia 21 de junho o desligamento da TV analógica em Goiânia e região metropolitana acabou dando mais tempo para que se resolvesse um impasse ainda indefinido: como ficará a questão da retransmissão dos sinais das afiliadas de Record, Rede TV! e SBT na cidade. Este noticiário informou há duas semanas que a TV Serra Dourada, afiliada do SBT, estava preocupada com os eventuais efeitos da perda de audiência e com a possibilidade de ser obrigada, pela cabeça de rede, a interromper a retransmissão na TV paga, na mesma linha adotada pela Simba na capital paulista e em Brasília. Segundo apurou este noticiário, houve um trabalho de esclarecimento sobre o que aconteceu nestas duas cidades a fim de acalmar a afiliada.

As operadoras de TV paga, num momento seguinte, questionaram a TV Serra Dourada sobre um acordo para manter os sinais no ar, mas a geradora decidiu consultar a geradora cabeça de rede (no caso, SBT) sobre o que fazer e como estaria a evolução das negociações entre Simba, que negocia os direitos de SBT, Record e Rede TV, e as operadoras  de TV paga. Da parte dos radiodifusores, o esforço é fazer com que a afiliada não tema interromper a retransmissão pois, mesmo havendo uma perda de audiência num primeiro momento, os índices tendem a se recuperar nos momentos seguintes. A ideia é que se busque uma solução nacional que atenda aos interesses locais.

Por enquanto, as operadoras de TV paga estão questionando as afiliadas de TV aberta locais em Goiânia sobre a celebração de um acordo de retransmissão gratuito, mas ainda sem resposta. E já exibem em sua programação uma cartela avisando aos assinantes de que não dispõem de nenhum acordo para o momento posterior ao switch off.

E existe outra questão na mesa: as operadoras de TV paga só aceitam retransmitir o sinal se as geradoras locais comprovarem ter pleno direito sobre o sinal, o que não acontece, já que os direitos dependem das cabeças de rede, ou seja, do próprio SBT, Record e Rede TV.

As negociações nesse sentido têm evoluído devagar, e por isso os 21 dias dados pela Anatel devem ser essenciais. A tendência, apurou este noticiário, é que se negocie uma forma de que os sinais só venham a ser cortados caso os operadores de TV paga e as emissoras de TV aberta não cheguem a nenhum acordo. Ao contrário do que houve em São Paulo, onde a ordem do corte dos sinais veio das geradoras no momento inicial de negociação, em Goiânia a ideia da afiliada local é que esta seja a última medida a ser adotada.

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