OTTs das programadoras são a fórmula para manter o cutter em contato com a TV paga

Programadoras e operadoras buscam uma forma de complementar os serviços de TV por assinatura tradicional e abrir novas possibilidades de mercados, em linha com a demanda da nova geração de consumidores. A dificuldade é não canibalizar a base atual da TV paga, permitindo uma saída para o cord cutter manter parte do conteúdo e ainda tendo uma opção mais barata de entrada aos conteúdos da TV por assinatura. A conclusão foi apontada durante o PAYTV FORUM 2018, que aconteceu nos dias 30 e 31 de julho, realizado por TELETIME e TELA VIVA.

Segundo Alessandro Maluf, diretor de TV da Net Serviços, a operadora vem investindo na plataforma multiscreen, com a presença de praticamente todos os programadores, oferecida de forma gratuita para os assinantes de TV, através de assinaturas adicionais (mas também para assinantes do serviço de TV) e transacional. "Discutimos o tempo todo com programadores e a área de tecnologia soluções que possam fazer sentido. Mas hoje focamos nos assinantes de TV", diz.
Todos os clientes do grupo Claro têm acesso à plataforma Now. Os assinantes do Claro Móvel tem acesso a alguns conteúdo, pode assinar produtos desenvolvidos com as programadoras para não assinantes de TV e ainda acessar o transacional.

A Fox tem uma das soluções oferecidas a não assinantes de TV. Segundo Adriana Naves, vice presidente de distribuição da programadora, O Fox+ foi criado para permitir o acesso ao conteúdo aos clientes que deixam a TV paga, mas também trazer uma nova geração de assinantes ao serviço. O Fox+ conta com o VOD e feed ao vivo dos canais lineares da Fox, incluindo Fox Sports e o Fox Premium. A programadora prepara ainda duas versões mais simples de pacote. O atual é vendido por cerca de R$ 35.

Marcello Zeni, vice presidente de afiliadas da ESPN/Disney, cocorda que é importante que haja uma saída da TV paga mantendo algum contato com o conteúdo do serviço. "Estamos sempre buscando um conteúdo que atenda aquele que vai desconectar a TV. Quando puder novamente, vai voltar ao pacote mais completo", explica.

O desafio, para Zeni, é construir uma oferta que não canibalize o serviço principal, que é a TV paga.

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