Telebras procura interessados no SGDC em Nova York e Londres

A Telebras realizou nesta quinta-feira, 27, em São Paulo, um roadshow para apresentar a investidores as oportunidades de negócios relacionados ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Mas a ideia é realizar mais duas etapas internacionais: no dia 1º de agosto, em Londres; e no dia 4 em Nova York. Segundo o presidente interino da empresa, Jarbas Valente, a demanda levantada após a publicação do edital da cessão de capacidade em banda Ka é concreta. "Já estamos com contratos próximos de serem assinados", declarou ele.

Valente diz que o interesse "surpreendeu" entre os players dispostos a se reunir com a diretoria da Telebras. "São investidores que atuam no Brasil e precisam levar banda larga móvel ou fixa, como também investidores específicos que usam o mercado satelital para levar banda larga diretamente para residências e corporações", diz. Há interesse internacional também, o que justificaria a ida à Inglaterra e aos Estados Unidos. "Tanto o mercado europeu quanto o americano tem procurado a gente", declara.

A mudança no edital, liberando dois lotes em vez dos três inicialmente previstos, foi fruto do debate na consulta pública e do interesse demonstrado por mais capacidade para atender ao governo, diz Valente. "Caso venha a não acontecer essa demanda – e a gente espera que venha, já temos números levantados, contratos quase na fase de assinar -, se sobrar alguma coisa a gente vai liberar para o mercado privado", conta.

Infraestruturas

O sucesso da cessão da capacidade do SGDC é um dos alicerces para que a Telebras consiga atingir a meta de se tornar sustentável em 2018, diz Valente. Mas o principal é o backbone da empresa, que recebeu atualização de capacidade para 100 Gbps (para atender ao satélite) e conta atualmente com extensão de 36 mil km de fibra. "A expansão que a gente fez, aumentamos em dez vezes a quantidade de circuito que a Telebras hoje tem ativados, muda completamente a estrutura de receita para o ano que vem", diz o presidente interino da estatal. "Só a rede terrestre vai deixar a gente numa posição muito boa, o satélite vem alavancar e tornar a empresa independente", espera.

Outra aposta é o cabo submarino Brasil-Europa. O sistema será administrado pela Ellalink, joint-venture entre Telebras e pela espanhola Islalink, e terá quatro pares de fibras de 72 Tbps em uma extensão total de 10,2 mil km. A Alcatel Submarine Networks construirá o cabo, "que vai começar o lançamento a partir do ano que vem e ficará pronto no primeiro semestre de 2019".

Evento

O leilão de capacidade do SGDC está marcado para o dia 28 de agosto. No dia 31 de agosto, durante o Congresso Latinoamericano de Satélites, organizado por esta publicação em conjunto com a Glasberg Comunicações, o gerente de soluções satelitais da Telebras, Bruno Soares Henriques, fará uma apresentação sobre os resultados da licitação, a operacionalização do SGDC dentro do novo modelo e os planos da estatal pra exploração do mercado de banda Ka. O evento acontece dias 31 de agosto e 1 de setembro, no Rio de Janeiro. Mais informações sobre a programação estão disponíveis no site satelitesbrasil.com

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