Esportes em estádios não combinam com 3D, diz especialista

Embora esportes sejam atraentes para a transmissão em 3D, aqueles praticados em estádios, como o futebol, não oferecem a melhor experiência. A opinião é do especialista em 3D David Wood, deputy director da EBU Technology and Development, e que participou das primeiras transmissões de TV em 3D, em 1982.

Ele diz que os atrativos para que as pessoas assistam a conteúdo em 3D pela televisão são conteúdos que as façam querer estar fisicamente naquele lugarm, e a experiência compartilhada, de assistir algo coletivamente. “Esportes e eventos combinam essas duas características que atraem o espectador”, disse durante painel no MipTV 2012, nesta terça-feira, 3 de abril, em Cannes.

Entre os esportes, porém, Wood conta que aqueles que acontecem em estádios não produzem a melhor experiência em 3D do ponto de vista técnico. “Não é possível colocar a câmera no campo, o que produz o efeito de ‘teatro de marionetes’, e não o de estar lá dentro”, disse, referindo-se à relação de tamanho entre os jogadores e os espectadores.

Para o especialista, os esportes que funcionam melhor em 3D são aqueles realizados em arenas menores, e que permitem aproximação e câmera no nível dos olhos, como o boxe e o golf.

Wood cita algumas características de produções que funcionam melhor em 3D: profundidade de cena limitada, ações-chave próximas do plano da tela (e não saindo dela), programas de curta duração (menos de uma hora) e projeção no centro da tela. “O mais legal do 3D vem da sensação que os objetos têm volume, e não grandes panoramas”, conclui.

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