Em Primeiro de Junho de 1999 na cidade do Rio de Janeiro, no auditório do IBAM no bairro do Humaitá às 19 hs, um grupo de nove empresários produtores audiovisuais se reuniam para fundar a Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão. Naquele momento, em 1999, o conceito de produção independente estava sendo antecipado, mas não institucionalizado; o que somente viria em 2001 pelas definições expressas na MP 2.228/2001 que normatizou o ecossistema do audiovisual brasileiro.
Inspirados pela legislação norte-americana de Syndication em redes e canais de TV, e no grupo PACT do Reino Unido (ambos estabelecendo novas relações entre a produção independente com a TV); foram esses visionários que iniciaram ali, naquele ato, a modificação das relações entre os canais de tv aberta e por assinatura e as produtoras independentes, criando e gerando conteúdos para preencher as "grades" dos canais e iniciando uma trajetória virtuosa com a política pública gestada pela agência nacional de cinema que viria a ser criada.
Marco Altberg, eleito primeiro presidente; Clélia Bessa, Luis Antonio Silveira, Marcelo Dantas, Belisário Franca, Julio Worcman, Leonardo Dourado e os saudosos Nelson Hoineff e Hilton Kaufman foram nossos fundadores.
Aos fundadores foram se juntando produtores empresários do Rio de Janeiro e em seguida os de São Paulo e gradativamente de diferentes Estados do País. Em pouco tempo esse número de associados se expandiu e hoje a Associação reúne integrantes de 21 unidades da federação nas cinco regiões do País.
A ABPITV, sigla da associação, fez história ao participar ativamente da criação da Ancine em 2001, dos primórdios do Fundo Setorial do Audiovisual e da aprovação da Lei 12.485/2011 que revolucionou o mercado de TV por assinatura. Em 2004 assina o primeiro convênio para a promoção e exportação do audiovisual brasileiro independente com a Apex Brasil e agora 20 anos depois pode-se perceber como a internacionalização do conteúdo brasileiro independente ganhou o mundo com a participação exemplar nos principais eventos internacionais de mercado, gerando coproduções e licenciamentos crescentes. O antigo Brazilian TV Producers se atualiza em Brazilian Content, incorporando novos formatos, novos gêneros e novas telas.
Não bastasse a participação em eventos internacionais a ABPITV cria um evento global no Brasil, o RioContentMarket em 2011 com apoio decisivo da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Players internacionais passam a frequentar painéis e rodadas de negócios no Brasil gerando resultados inéditos. Em suas sete edições o RCM trouxe keynotes e representantes de 36 países e lotou o hotel sede com 2,5 mil palestrantes, players e mais de 20 mil participantes.
Mas a Associação ainda pensava mais para o setor. Em 2016 promove uma inédita reformulação em seu Estatuto, incorporando produtores de diferentes regiões do Brasil em seu Conselho Federal e designa um executivo de mercado, um não produtor, para presidir a Associação. E adota o nome de Brasil Audiovisual Independente, a Bravi, como seu nome de trabalho.
Essas inovações proporcionam uma nova movimentação do mercado como uma semente para o surgimento de novos grupos associativos, na defesa da diversidade e inclusão de novas empresas produtoras no mercado brasileiro gerando oportunidades, emprego e renda em diferentes regiões.
A Bravi comemora 25 anos de atuação na política setorial, com diálogo permanente, sensatez e racionalidade. Aqueles nove visionários abriram portas e janelas para novos entrantes se juntarem nas lutas de todo dia e no fazer audiovisual.