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Podcast indígena “Papo de Parente” estreia no Globoplay

Já está disponível no Globoplay o “Papo de Parente”, o primeiro podcast indígena da plataforma. No programa de jornalismo narrativo, Célia Xakriabá e Tukumã Pataxó, influenciadores e grandes referências no assunto, vão liderar de forma leve e educativa conversas necessárias com um toque de humor. Do primeiro ao oitavo episódio, o ouvinte aprende com Célia que “antes do Brasil da coroa, existe o Brasil do cocar”.   

Repleto de detalhes que trazem muitas imagens à cabeça das pessoas, o programa tem uma narrativa bem visual. Funciona como uma “caixinha de perguntas”, onde artistas e celebridades trazem dúvidas e curiosidades à apresentadora. 

A cada semana, Célia Xakriabá, educadora e liderança indígena, responde aos artistas e convida o ouvinte a se conectar com a  cultura indígena por meio da agricultura, culinária, política, literatura, educação, festas, medicina e esportes tradicionais. Célia usa a filosofia, e o pensamento indígena atual e ancestral, para ajudar a entender o indígena no século 21.  

Episódio de estreia 

“Quero convidar você para uma escuta sensível, não só de ouvido, mas principalmente dos sentimentos dos corações”. É assim que a apresentadora Célia Xakriabá inicia o primeiro episódio da temporada de estreia do podcast “Papo de Parente”, ao lado de seu parceiro na apresentação do programa, o comunicador indígena Tukumã Pataxó, que também lidera o quadro “Receitas da Terra”. Nesse primeiro episódio, as personalidades convidadas são Caetano Veloso, Lucas Penteado, Letícia Sabatella e Sônia Bridi, que levantam dúvidas como o porquê do uso do termo “parente” e quem é indígena no Brasil. A jornalista Sônia Bridi, do podcast original Globoplay “À Mão Armada”, também participa com uma mensagem de boas-vindas à programação da plataforma.  

Tukumã Pataxó, influenciador e estudante de gastronomia na UFBA, é referência na juventude indígena e vai trazer receitas simples, com grande significado, para que as pessoas consigam reproduzir em casa. Serão receitas “para alimentar a alma também”, segundo ele, e que vão desde uma bebida típica como o cauim (cerveja artesanal feita com mandioca) à hidratação com água de coco para o cabelo, passando por banhos de folha para energizar. Sobre serem os primeiros indígenas a fazerem parte do portfólio de podcasts do Globoplay, Tukumã fala sobre a importância da ampliação de suas vozes e resistência de suas gerações antepassadas. “Fazer as coisas pela primeira vez não é fácil. Tenho 22 anos e sou estudante de Gastronomia na Universidade Federal da Bahia, sendo o único aluno indígena da turma. Sou da Aldeia Pataxó Coroa Vermelha, que se tornou símbolo por ser o primeiro local invadido pelos portugueses em 1500, lugar da primeira missa do Brasil. Foi em Coroa Vermelha que os portugueses chegaram, invadiram e tentaram nos tirar a paz, a liberdade, a língua e muitos costumes. Mas estamos até hoje resistindo”, declara. 

A edição do programa também é pilotada por outro indígena, Cristian Wariu, do povo Xavante que também faz participações em alguns episódios ajudando Célia a responder os artistas. Cristian já tem experiência em podcast. Ele edita e apresenta o “Copiô, Parente?!” – podcast feito para os povos indígenas e que inspirou a criação do “Papo de Parente”.

Com entrevistas rápidas, o “Papo” recebe uma extensa lista de convidados famosos, pois o tema gera interesse e é extremamente relevante para a conscientização de todos. O programa estreia com duas temporadas com quatro episódios cada. A primeira trata de “Identidades” e a segunda tem como tema “Curas”. O podcast original Globoplay é semanal e está disponível também no Deezer. 

O podcast é uma realização da produtora Vem de Áudio, com produção e direção criativa de Letícia Leite, jornalista com dez anos de experiência na cobertura dos temas indígenas e criadora do “Copiô, Parente?!” – podcast semanal do Instituto Socioambiental (ISA) sobre os bastidores da política indígena em Brasília, disponível em tocadores de podcast e enviado por WhatsApp para indígenas que vivem em aldeias de todos os estados brasileiros.

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