O Brasil é o segundo país em audiência dos canais da rede Machinima, e em um ano e meio deve pular para o primeiro lugar, disse o CEO da empresa, Chad Gutstein, com exclusividade para este noticiário. Ele falou nesta terça, 5, durante a INTX, em Chicago. Apesar disso, disse, o país está longe de ser um dos líderes em monetização do conteúdo.
O Machinima é uma MCN (Multi-channel Network), uma agregadora de canais digitais (principalmente no YouTube), com cerca de 30 mil criadores de conteúdo. A rede acumula 3,8 bilhões de vídeos vistos por mês, sobretudo pelo público na faixa de 18-34 anos. Isso equivale a 38 mil anos de exibição a cada mês, 60% dos quais são consumidos em dispositivos móveis.
Com criadores de conteúdo espalhados por 109 países, a rede tem um alcance bastante internacional. Na verdade, em média apenas 40% da audiência vem dos países nos quais os conteúdos são gerados. Isso é verdade mesmo nos EUA, onde 52% do conteúdo assistido vem de fora do país.
Embora tenha nascido como uma rede de conteúdos ligados aos games e aos fãs, hoje a rede recebe 30 mil horas por mês de conteúdos diversos, que vão de game shows a formatos roteirizados, comédia e documentários. Os conteúdos também não são mais necessariamente curtos. A média de duração é de 18 minutos, e em média o usuário assiste 60% de cada vídeo.
A rede vem investindo em criação de conteúdo premium. Após uma parceria com a DC Comics (dona de personagens como Batman), a Machinima bancará uma série produzida por Roberto Orci, produtor de blockbusters como "Star Trek", "Transformers" e "Homem Aranha". "High School 51" é uma série de ficção científica sobre uma escola dentro da famosa Área 51, instalação do exército americano no deserto que supostamente guarda segredos sobre alienígenas na Terra.