Após um hiato de sete anos, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), criado no primeiro mandato do presidente Lula, volta a se reunir nesta quinta, dia 6. A composição é um importante avanço do setor audiovisual para ampliar sua participação na pauta industrial, já que a Bravi – Brasil Audiovisual Independente foi convidada a participar do encontro. A 17ª reunião do CNDI acontece no Palácio do Planalto, em Brasília.
De acordo com o presidente da Bravi, Mauro Garcia, este é um primeiro passo para entrar na pauta industrial. “Objetivo nosso é conseguir entrar em algum grupo de trabalho desse Conselho e levar nossas pautas”, explica.
A Bravi está no grupo de 19 instituições dos mais variados segmentos que foram convidadas a participar das reuniões, mas sem direito a voto.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a retomada das políticas industriais, de inovação e de fomento de inserção internacional qualificada mais competitiva passa pela superação do atraso produtivo e tecnológico. “Este é o desafio que o CNDI se propõe a resolver. Entre os princípios da nova política industrial estão ainda inclusão socioeconômica; a capacitação profissional e a melhoria da renda; a redução das desigualdades regionais; e a sustentabilidade”, aponta o MDIC por meio de nota.
Segundo o MDIC, os membros, divididos em grupos de trabalho, irão dialogar com os diversos segmentos da indústria, identificar gargalos de adensamento de cadeias e de descarbonização e desenhar estratégias e ações para impulsionar a atividade industrial nessas áreas. Os próximos passos envolvem a definição das rotas tecnológicas para os diferentes setores a serem desenvolvidos, bem como dos instrumentos a serem utilizados nesses processos — financiamento e garantias, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura de qualidade etc.
Nesta primeira reunião do Conselho desde sua reativação, além das missões da nova política industrial, serão apresentadas as fontes e os respectivos volumes de recursos disponíveis para financiar o fortalecimento industrial nos próximos quatro anos.
Composição do CNDI
Fazem parte do CNDI 20 ministros, além do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e 21 conselheiros representantes da sociedade civil, entre entidades industriais e representantes de trabalhadores. O colegiado é vinculado à Presidência da República e presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Os ministros que compõem o grupo são das áreas:
- Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
- Casa Civil;
- Secretaria Geral da Presidência;
- Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Fazenda;
- Relações Exteriores;
- Planejamento e Orçamento;
- Integração e Desenvolvimento Regional;
- Meio Ambiente e Mudança do Clima;
- Minas e Energia;
- Agricultura e Pecuária;
- Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
- Trabalho e Emprego;
- Transportes;
- Saúde;
- MEC;
- Defesa;
- Portos e Aeroportos;
- Comunicações; e
- Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
Os 21 conselheiros representantes da sociedade civil são das seguintes entidades:
- Associação Brasileira da Indústria de Alimentos – Abia;
- Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim;
- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea;
- Grupo FarmaBrasil;
- Associação Brasileira da Indústria do Plástico – Abiplast;
- Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC;
- Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base – Abdib;
- Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee;
- Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial – IEDI;
- Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores – Abisemi;
- Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação – P&D Brasil;
- Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq;
- Embraer S.A.;
- Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais – Brasscom;
- União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia – Unica;
- Central Única dos Trabalhadores – CUT;
- Força Sindical;
- União Geral dos Trabalhadores – UGT;
- Confederação Nacional da Indústria – CNI;
- Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram; e
- Instituto Aço Brasil.
As 19 entidades sem direitos a voto são:
- Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese);
- Gerdau S.A.;
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea);
- Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros);
- Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp);
- Petrobras;
- Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças);
- Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma);
- Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma);
- Associação Brasileira de Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo);
- Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS);
- Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);
- Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit);
- Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);
- Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq);
- Associação Nacional de Biotecnologia (Anbiotec);
- Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel);
- Brasil Audiovisual Independente (BRAVI);
- e Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).