A chave do sucesso na busca pelo equilíbrio entre autenticidade cultural e acessibilidade global está na escolha de parceiros e no trabalho colaborativo, disse Christian Gabela, vice-presidente sênior de América Latina, Espanha, US-Latino na Gaumont. "Você escolhe o que fazer, as pessoas com quem você faz, escolhe como você faz e finalmente como você distribui. Nesse ciclo inteiro, você tem que ser obsessivamente colaborativo. Obviamente, você tem que escolher a certa história, e tem que ser interessante, tem que ser impactante, tem que ter ótimos personagens", disse o produtor que tem da Gaumont, que tem no currículo conteúdos como a série "Narcos" e "Lupin".
Segundo ele, em todos os casos, a busca é por um conteúdo local, e o global pode vir, ou não. O importante, portanto, é desenvolver as produções para o seu próprio mercado. "Mas você não tenta (ir direto para o global)… Ninguém sabia que 'Lupin' seria um hit global quando estavam fazendo", diz Gabela.
Rose Marie Vega, fundadora da produtora e distribuidora RM Vistar, acredita que, além de encontrar as parcerias corretas, é necessário colocar a mão na massa. "Eu acho que você tem que ganhar o seu respeito. E eu acho que você ganha isso estando presente e mostrando aos parceiros que você se importa tanto quanto eles se importam. E fazendo sua parte e aprendendo a ser humilde, das coisas que você sabe que você não pode fazer bem e apoiar as pessoas quando você está delegando isso a alguém, e ao mesmo tempo mostrando que você está sempre lá", diz.