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Ancine quer "rever o paradigma estabelecido ao fomento" ao audiovisual

O presidente da Ancine, Manoel Rangel, em painel no Congresso ABTA 2013 nesta quinta, 8, apontou dois grandes desafios para a agência reguladora para ajudar a superar o volume de produção atual. Segundo ele, a tarefa exigira também o empenho de produtores, programadores e inclusive dos empacotadores e, destacou, mais recursos privados no setor.

Segundo o presidente da Ancine, o primeiro grande desafio é rever o paradigma estabelecido ao fomento e ao estímulo do audiovisual brasileiro fixado pela Lei do Audiovisual em 1993. “É preciso encontrar uma nova forma de estimular o setor. O foco da agência tem que estar mais nas obras e menos nos papeis que levam à produção destas obras. O papel do estado deve ser mais leve e mais ágil. Devemos focar mais no resultado e menos nos processos”, disse Rangel. “Isso é um grande desafio que envolve uma mudança de pensamento na Ancine e em todos os órgãos de controle do Governo”, afirmou.

O outro desafio apontado é o desafio da construção do Prodav, o Programa de Desenvolvimento do Audiovisual, com o mapeamento das demandas e carências do setor. “O Prodav vai atuar fortemente para dotar o País de um sistema de investimento mais ágil, baseado na performance das produtoras ao desenvolver, produzir e lançar produtos”, disse.

Ele se mostrou atento ainda à carência de mão de obra técnica, inclusive nos grandes centros. “Há o deslocamento de outros polos para os grandes centros. Precisamos de mais mão de obra técnica, artística e capaz de desenvolver negócios”, disse. Ainda em relação À formação de pessoal, Rangel prevê um esforço para que o Brasil produza mais roteiros. “O desafio é alargar o conhecimento e ter mais profissionais de dramaturgia e mais roteiros”, disse. “Precisamos produzir muito mais conteúdos e muito mais obras”, completou.

O programa deve ainda fomentar a regionalização da produção, prevista na Lei do SeAC. “Políticas de desenvolvimento devem olhar a otimização das capacidades de produção dos diversos polos”.

Por fim, o Prodav deve agir também reforçando a infraestrutura de produtos e serviços de produção. “Temos um sistema de financiamento público para a política de desenvolvimento do audiovisual que poderá prover este setor dos recursos necessários para este momento de forte desenvolvimento”.

“O ciclo de desenvolvimento que queremos alavancar começa em setembro, com a vigência plena da Lei 12.485, às vésperas do lançamento do Prodav”, finalizou Rangel.

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