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Para Edson Pimentel, da Globo Filmes, 2019 é o ano de recuperação do mercado brasileiro de cinema

Em 2018, a Globo Filmes completou 20 anos de mercado, atuando em diversos gêneros e se preparando para uma fase de importantes estreias em 2019 diante de perspectivas mais otimistas em relação ao mercado brasileiro de cinema. Em entrevista exclusiva a este noticiário, o diretor Edson Pimentel reflete sobre o momento passado. “Evidente que todo o mercado sofreu um impacto muito grande com a fase recente de queda de público nos cinemas. As nossas coproduções também. Mas há uma expectativa otimista de todos no mercado brasileiro de cinema e um ano de 2019 de recuperação.”, aposta.

Ainda prospectando os próximos passos, Pimentel declara: “Estamos com uma carteira de filmes – coproduzidos com dezenas de produtoras independentes – que está aderente a nossa preocupação de surpreender, encantar e dar ao público a diversidade que deseja. Outro desafio é mais no campo estratégico, no sentido de construir com nossos parceiros – produtoras independentes, distribuidoras e exibidores – uma linha de produtos de qualidade, diversidade e atratividade que assegure o fortalecimento do cinema brasileiro. Estamos planejando criar um foro de discussão com nossos principais parceiros e lideranças artísticas do cinema para montar um plano de maior visibilidade para o futuro”. Entre os próximos lançamentos que levam a assinatura da Globo Filmes na coprodução estão “Sai de Baixo”, inspirado na série de TV homônima, o documentário “Fevereiros” e a cinebiografia “Minha Fama de Mau”, sobre o cantor Erasmo Carlos.

Nos últimos anos, a Globo Filmes apostou em produtos de gêneros variados. “O cinema brasileiro não é um gênero. Precisamos inovar e ousar na produção de filmes onde ainda não dominamos plenamente o público. Nossas comédias são reconhecidas e agradam, mas há público para outros gêneros e precisamos aprender a desenvolvê-los.”, afirma Pimentel. Como exemplos de longas para além das clássicas comédias nacionais, que imprimem essa versatilidade buscada pela coprodutora, o diretor cita os consagrados “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles, e “Carandiru”, de Hector Babenco; os prestigiados internacionalmente “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, e “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert; biografias musicais como “Elis”, de Hugo Prata, e “Simonal”, de Leonardo Domingues; filmes de terror e suspense como “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, além dos inéditos “Morto Não Fala”, de Dennison Ramalho, e “Juízo”, de Andrucha Waddington. Por fim, filmes de temáticas urgentes como os premiados “Ferrugem”, de Aly Muritiba, “Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor, e o thriller psicológico “Sequestro Relâmpago”, de Tata Amaral.

Os critérios de seleção de projetos, que são tanto de ficção quanto documentário, passam por qualidade de roteiro, temáticas inovadoras, novos talentos, diversidade de gêneros e relevância. “Nosso olhar ‘multi-janelas’ de exibição que o filme pode ter, passando por cinema, televisão e outras mídias, também é levado em conta.”, completa Pimentel. A questão dos novos talentos passa especialmente pelo contato com produtoras independentes. “O modelo de parceria com elas é garantia de uma renovação constante no mercado com obras singulares que surpreendam o espectador. Nossa proposta é contar histórias boas e variadas, como variados são o Brasil e o público, e a atuação com as produtoras independentes é essencial no nosso objetivo de coproduzir conteúdos que falem da nossa cultura com a qualidade e a atratividade para o público brasileiro.”, justifica.

Analisando a trajetória da Globo Filmes no mercado nacional, Edson destaca alguns pontos altos, entre eles as parcerias com o Telecine nos filmes de ficção e com a Globo News e o Canal Brasil nos documentários – esta última que completa quatro anos com mais de 60 novos projetos em fase de produção. “Lançamos documentários relevantes com temas de resgate da história recente do país, filmes investigativos, denúncia sobre meio ambiente e histórias biográficas que foram premiados em festivais com muita repercussão e que são lançados no circuito comercial e em seguida exibidos na Globo News, Canal Brasil e alguns na própria Globo com grande alcance de público.”, comemora. “Recentemente, iniciamos um projeto junto com o Canal Gloob para motivarmos a nossa indústria do cinema visando produção de conteúdos infanto-juvenis e lançamos dois projetos que confirmaram e ratificaram a promissora oportunidade de mercado com a bem sucedida franquia “D.P.A. – Detetives do Prédio Azul” e “D.P.A. 2 – O Mistério Italiano”. A nossa meta é ampliar esse núcleo de projetos com o lançamento de, pelo menos, dois filmes por ano, e de cinco a seis outros em fase de produção.”, revela Pimentel.

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