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Com 200 filmes, Curta Kinoforum promove sua 32ª edição

Com um total de 200 filmes representando 39 países, a 32ª edição do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum acontece de 19 a 29 de agosto, de forma online e gratuita, disponível em todo o território brasileiro. O evento é considerado um dos maiores e mais tradicionais festivais dedicados ao formato do curta-metragem no mundo. Todos filmes e encontros podem ser acessados pelo site

A produção brasileira está representada por um total de 116 títulos. Estão presentes “Céu de Agosto” (foto), obra recém-premiado no Festival de Cannes e que tem no elenco Gilda Nomacce; “Ela Que Mora no Andar de Cima”, estrelado por Marcelia Cartaxo; o amazonense “Seiva Bruta”, com Luiz Carlos Vasconcelos no elenco e eleito como melhor curta-metragem latino-americano no Directors Guild of America (DGA) e “Menarca”, de Lillah Halla, selecionado para a Semana da Crítica do Festival de Cannes e vencedor do prêmio do público no festival Cinelatino de Toulouse (França). 

A pandemia da Covid-19 é abordada em produções como “República” (de Grace Passô), “Monumento ao Wi-fi” (de Gustavo Vinagre), “Gilson” (de Vitoria Di Bonesso), “República das Saúvas” (Piero Sbragia) e “Janelas Daqui” (de Arthur Sherman e Luciano Vidigal). Estão programadas ainda obras de prestigiados cineastas, como Evaldo Mocarzel (“O Menino, O Sabiá e o Rato”), Petrus Cariry (“Foi um Tempo de Poesia”), Rafael Conde (“O Suposto Filme”) e Sylvio Lanna (“Nova Pasta. Antigo Baú”).

Exibições especiais marcam os 20 Anos de Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, com apresentação do filme “Sobre Olhares – Oficinas Kinoforum”, os 40 anos da morte do cineasta Glauber Rocha, com o polêmico curta “Di Cavalcanti Di Glauber” (1976), e o centenário de nascimento do realizador francês Chris Marker, através da programação do seminal “La Jetée” (1962). A influência deste último em curtas-metragens brasileiros conta um programa que inclui “Vinil Verde”, de Kleber Mendonça Filho, e “Juvenília”, de Paulo Sacramento.

Outro programa presta homenagem à montadora e professora Vânia Debs, falecida no último mês de junho. São exibidos curtas clássicos em que a profissional atuou, como “Verão”, de Wilson Barros; “A Garota das Telas”, de Cao Hamburger; “O Crime da Imagem”, de Lirio Ferreira; “Clandestina Felicidade”, de Marcelo Gomes e Beto Normal; e “Morte.”, dirigido por José Roberto Torero e protagonizado por Paulo José e Laura Cardoso.

Produção latino-americana e internacional 

A representação latino-americana soma 19 filmes, produzidos em nove países da região. Entre os destaques, está “Correspondência”, uma espécie de correspondência visual entre as premiadas cineastas Carla Simón (Espanha) e Dominga Sotomayor (Chile); o mexicano “A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Sua Roupa”, lançado pelo Festival de Berlim; “Quem Diz Pátria Diz Morte”, que focaliza os recentes distúrbios políticos e sociais no Chile; o uruguaio “Blanes Esquina Müller”, vencedor do prestigioso festival Bafici de Buenos Aires; o mexicano “O Sonho Mais Longo de Que Me Lembro”, selecionado para o Festival de Sundance; e “A Montanha Lembra”, que venceu a competição internacional do festival É Tudo Verdade.

Entre os destaques internacionais da programação estão “Estrela Vermelha”, que traz a assinatura do diretor e ator francês Yohan Manca, e obras premiadas no Festival de Clermont-Ferrand, o mais importante evento dedicado ao curta-metragem: “Irmãs” (Estônia), “Nadador” (Suécia) e “Ônibus Noturno” (Taiwan). A programação inclui ainda “Viagem ao Paraíso”, produção do Vietnã premiada no Festival de Locarno; “Casca”, eleito como o melhor curta internacional do Festival de Annecy; “Passagem”, curta alemão que evoca as primeiras experiências pré-cinematográficas de Eadweard Muybridge (1830-1904); “O Cordeiro de Deus” (Portugal) e “Dustin” (França), ambos selecionados para o Festival de Cannes. Estão presentes ainda duas elogiadas produções africanas, “Chega Para Lá” (Ruanda) e “O Paraíso Desce à Terra” (África do Sul). 

Programas especiais 

Os programas especiais jogam luz sobre a cultura indígena, com uma mostra dedicada ao festival Amotara, dedicado a mulheres cineastas, e a sessão Música e Modo de Viver dos Guaranis. A produção feita por jovens cineastas das periferias merece espaço nos programas Diálogos: André Novais Oliveira e Lincoln Péricles, Cine Social Club e Kinolab Tela Digital – Destaques. Completam a programação a Mostra Limite, dedicada à experimentação e reinvenção; a Mostra Nocturno, com filmes fantásticos e de horror; Mostra Infantojuvenil, focada no público dessas faixas etárias; e os programas especiais Christian Petzold e a Escola de Berlim e Experimenta: Duo Strangloscope.

Uma série de 12 encontros discute temas como o cinema das mulheres indígenas, o filme de curta duração nas plataformas de streaming, o cinema realizado nas periferias brasileiras e a produções de cursos audiovisuais durante a pandemia da Covid-19. Participam das mesas nomes como os cineastas Graciela Guarani, Paulo Caldas e Kleber Mendonça Filho; o compositor Livio Tragtenberg; o filósofo Pablo Ortellado e Bernard Payen, da Cinemateca Francesa.

O Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum realiza também uma oficina de crítica cinematográfica e uma gincana audiovisual com escolas e cursos superiores. Parte dos filmes programados ficam disponíveis com recursos de acessibilidade de 19 a 25 de agosto no site

As exibições e encontros ficam abrigados nas plataformas digitais parceiras Innsaei.TV, Cardume, Spcine Play e Sesc Digital. A cerimônia de abertura está marcada para a próxima quinta-feira, dia 19 de agosto, às 20h, com condução da jornalista Flávia Guerra.

O festival é organizado pela Associação Cultural Kinoforum e tem direção da produtora cultural Zita Carvalhosa. Segundo ela, o festival este ano “comprova o vigor da produção no formato curta-metragem: mesmo em plena pandemia, recebemos 2.800 inscrições, sendo 600 só de obras brasileiras. O desafio foi montar uma programação com diferentes recortes de tempo e lugares, de vozes e territórios, para todas as idades e gostos. Acima de tudo, o objetivo foi o de criar um evento que celebre a criatividade e a vida”.

O evento é viabilizado através do Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc e conta com patrocínio da Spcine e da Prefeitura Municipal de São Paulo. Uma realização da Associação Cultural Kinoforum, Sesc e Museu da Imagem e do Som, tem como correalizadores o  Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ministério do Turismo e Governo Federal.

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