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Radiodifusores optam por ir para o VHF alto depois do switch-off em Minas e São Paulo

A faixa de espectro chamada de VHF alto, que vai dos canais 7 a 13, despertou o interesse de alguns radiodifusores de TV no processo de replanejamento realizado pela Anatel para acomodar as emissoras com o fim da TV analógica. Surpreendentemente, alguns radiodifusores aceitaram em ficar nos canais de 7 a 13 em Minas e em São Paulo. Em Minas foram 24, sendo a maioria canais de prefeituras usados para RTV (retransmissão). Em São Paulo, foram dois casos. A surpresa é porque hoje não existem transmissores de TV digital preparados para trabalhar nessa faixa com sinais digitais. Além disso, a capacidade de transmitir para dispositivos móveis (1-Seg) é algo que precisa ser comprovado. Mesmo assim, radiodifusores disseram para o governo que querem ficar lá depois do switch-off.

O coordenador do grupo de trabalho de TV digital do Ministério das Comunicações, João Paulo Andrade, explica que manter o sinal digital no VHF é vantajoso na medida em que a grande maioria das antenas de TV nos municípios pequenos já é de VHF. Assim, esses telespectadores passariam a captar o sinal digital apenas com a instalação do set-top box, sem a necessidade de trocar a antena. É claro que para sintonizar a totalidade dos canais digitais os telespectadores necessitam de uma antena UHF.

Outro benefício da faixa está relacionado à cobertura. Como é uma faixa baixa, o radiodifusor consegue diminuir o número de repetidores de sinal que seriam usados caso ele usasse um canal em UHF, o que diminui os custos. "Uma coisa que precisa ser investigada é a interatividade no VHF e a transmissão móvel. Hoje existe essa dificuldade, mas ela pode ser utilizada", afirma o técnico do Minicom.

Segundo ele, os testes que estão sendo realizados pelo governo vão encontrar os parâmetros técnicos que permitirão a TV digital funcionar bem na faixa de VHF alto. Quando esses parâmetros estiverem definidos, a indústria passará a fabricar os transmissores digitais para a faixa.

Os testes são realizados por meio de cooperação entre o ministério, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Universidade de Brasília (UnB) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), acompanhados por representantes da radiodifusão comercial.

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