Publicidade
Início Pay-TV Abranet diz que mudança no regulamento do SCM põe neutralidade em risco

Abranet diz que mudança no regulamento do SCM põe neutralidade em risco

Antes mesmo do início da reunião do Conselho Diretor da Anatel, que aprovou o novo regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), a Associação Brasileira de Internet (Abranet), que reúne provedores de Internet, divulgou um "comunicado-denúncia" em que acusa o novo regulamento de possibilitar "o fim da liberdade na rede" e a criação de "situação de monopólio". Para a entidade, a inclusão da atividade de conexão à Internet para as autorizadas do SCM (dispensando assim a necessidade de contratação de um provedor de Internet, como já acontece na banda larga móvel e na banda larga das operadoras de cabo) "pode pôr fim à liberdade na rede e criar situação de monopólio".

A Abranet diz que a aprovação do novo regulamento "significará a eliminação do tratamento isonômico e o risco do desemprego de mais de 150 mil trabalhadores diretos e indiretos do setor, sem prévio e necessário debate quanto à eliminação dos provedores" e que permitirá "que as empresas donas da infraestrutura, as empresas de telecomunicações, passem por cima dos 3.800 provedores de Internet do Brasil e passem a oferecer diretamente, além do acesso banda larga, o serviço de conexão, que é responsável pela segurança e neutralidade da navegação".

Ela classifica a mudança como um retrocesso em pleno momento em que o País discute no Congresso Nacional a criação de um Marco Civil da Internet. "Entregar o serviço de conexão à Internet às companhias telefônicas fere um ponto fundamental para a garantia, na prática, da chamada neutralidade das redes".

A Abranet ainda acrescenta que "o amplo mercado de prestadores desses serviços que se desenvolveu no País incomoda as empresas de telecomunicações, que pressionam a Anatel para acabar com os provedores e, assim, não ter de acatar as regras de neutralidade e competição". E conclui: "O que ninguém explicou aos clientes finais é que eles vão pagar conta: com todos os serviços nas mãos das empresas de telecomunicações e sem a obrigação de isonomia e transparência, acaba a competição, e os preços ficam à mercê dos monopolistas".

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile