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Para executivos de exportação de conteúdo brasileiro pedem mais participação de profissionais em eventos internos

“O processo de internacionalização deve começar em casa.”. A declaração é de Ana Letícia Fialho, executiva do programa Cinema do Brasil, e foi dita durante as programações do Gramado Film Market, dentro do Festival de Cinema de Gramado. Com a frase, Letícia quis dizer que os profissionais do mercado do audiovisual do Brasil não devem ficar presos à ideia de que, para vender seus conteúdos, devem viajar pelo mundo e participar de todos os festivais, e sim ficarem atentos às oportunidades dentro do próprio país.

Ao lado de Deborah Rossoni, gestora de projetos setoriais na Apex – Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil -, e de Eduardo Valente, delegado no Brasil do Festival de Berlin, que também participaram do debate sobre exportação de conteúdos brasileiros, Letícia apresentou a organização Cinema do Brasil e comentou que o trabalho da empresa em prol da internacionalização da indústria só tem sido possível graças a importantes parcerias, como as firmadas com a Ancine, o Ministério da Cultura e a própria Apex, presente na ocasião. “Nosso objetivo é comercial. Tem a ver com exportação, vendas e resultados econômicos. Para isso, desenvolvemos três eixos principais de atuação: informação, acesso ao mercado e visibilidade.”, elencou. Na prática, associados do Cinema do Brasil, que pagam uma mensalidade para a instituição, têm acesso a projetos de formação e comunicação de assuntos do mercado internacional. Ou seja, a empresa se responsabiliza por comunicar aos associados a abertura de inscrições para festivais de fora do país bem como demais programas relacionados. Funciona como uma ponte entre os profissionais brasileiros e os eventos do audiovisual pelo mundo. “Além da comunicação, investimos também na preparação das empresas para atuarem no mercado de fora.”, acrescentou.

Por sua vez, a Apex Brasil também tem investido na internacionalização dos conteúdos brasileiros. Este ano, ela foi a responsável por levar ao Festival de Annecy, o principal de animação do mundo, 54 produtoras do Brasil. “A ideia é levar, todo ano, pelo menos 30.”, adiantou Deborah, revelando ainda que o objetivo da Apex é ampliar cada vez mais o foco no mercado internacional e trabalhar também na qualificação técnica das obras internas.

Delegado do Festival de Berlin no Brasil, Eduardo Valente aconselhou aos profissionais, especialmente aqueles que estão no início da carreira, a ficarem atentos ao que ele chamou de “janelas de oportunidade”. “O Festival alemão tem, por exemplo, o Berlinale Talents, programa que seleciona 250 profissionais por ano, de diversas partes do mundo, para participarem de um intensivo de atividades e networking ao longo de cinco dias dentro do evento.”, exemplificou, enfatizando ainda que participar da atividade não é tão difícil quanto parece. “Por ano, o Berlinale Talents tem selecionado cerca de 15 brasileiros.”, afirmou. “Há ainda os encontros latinos, como em Cartagena, em fevereiro; em Guadalajara, em março; e o próprio Rio2C, que é ótimo em termos de conexões.”, disse. “O mercado internacional também acontece no Brasil, de forma possível e principalmente acessível. É preciso ficar atrás desses eventos.”, indicou. Na próxima semana, por exemplo, o Cinema do Brasil em parceria com o Spcine lançam o “Mercado de Ideias Audiovisuais”, encontro que acontecerá dentro da programação da Mostra de São Paulo. Logo após o anúncio, já haverá chamada para quem quiser se inscrever.

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