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AOL enfrenta momento complicado nos EUA

Os tubarões começaram a rondar a AOL Time Warner, o maior grupo de mídia dos EUA (e do mundo). Os papéis da empresa despencaram 50% desde a fusão entre a AOL e a TW, em janeiro de 2001, e as coisas não mostram sinais de que vão melhorar.
Esta semana a empresa anunciou que não vai pagar aos seus principais executivos os bônus habituais. A partir de agora, eles ganharão opções de ações, que podem não valer muito caso os preços do papel não voltem a subir.
Mais problemáticos ainda são os resultados apresentados à SEC (a equivalente norte-americana da CVM) esta semana. A AOL reportou também que desde o dia 31 de março corre o prazo de 60 dias para comprar a parte da Newhouse Corp., de quem é sócia na Newhouse, operadora que teve 70% de seu capital vendido à Time Warner em 1998. O preço pode chegar a US$ 8 bilhões. Se a Newhouse e a AOL não chegarem a um entendimento, a Newhouse pode exercer os direitos sobre 2,3 milhões de assinantes, sendo que ao todo a AOL Time Warner tem uma base de 13 milhões. Ou seja, a Newhouse pode abocanhar quase 18% da base da AOL/TW.
Além disso, a AOL está obrigada a comprar a parte da Bertelsmann na AOL Europe, o que deve resultar em uma despesa de mais US$ 7 bilhões. E também precisa comprar os 25% da AT&T Broadband no serviço Road Runner antes da fusão desta com a Comcast.
Todos estes negócios que a AOL é obrigada a fazer representarão enorme esforço de caixa e crédito por parte da companhia.
Mas o sinal mais ameaçador, contudo, veio quando a Liberty Media, liderada por John Malone, protocolou na FTC um pedido de direito a voto na AOL, em função de uma participação de ações que a Liberty controla representando 4% do capital da AOL/TW. Até aqui, a Liberty havia se comprometido a não exercer esse direito como condição para que a AOL e a Time Warner pudessem efetivar a fusão. Se Malone conseguir realizar sua vontade, ele deve reivindicar uma vaga no board da AOL Time Warner e assim poder interferir na gestão do maior grupo de mídia do mundo.

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