Uma das novas séries nacionais da Netflix, “Só se for por amor” buscou no estilo musical do “sertanejo sofrência” a inspiração para contar uma história sobre corações partidos, sonhos, ambição e fama. A produção tem previsão de estreia para este ano. O elenco traz nomes como Lucy Alves, Filipe Bragança e a cantora Agnes Nunes, em sua estreia como atriz, além de Gustavo Vaz, Ana Mametto, Micael, Giordano Castro, Adriano Ferreira, Luiza Fittipaldi e Laila Garin. Produzida pela Coração da Selva para a Netflix, “Só se for por amor” é dirigida por Ana Luiza Azevedo, Gisele Barroco e Joana Mariani. A produção é de Geórgia Costa Araújo e Luciano Patrick, que é também o criador da série.
Na trama, que se passa em Goiás, Deusa (Lucy Alves) e Tadeu (Filipe Bragança) são um casal apaixonado que decide criar uma banda, a Só se for por amor. Mas, assim que começam a fazer sucesso, Deusa recebe uma proposta de carreira solo. Ao seguirem rumos diferentes, a relação deles vai sofrer abalos, ao passo em que o grupo sairá em busca de uma nova vocalista. É quando surge a misteriosa Eva (Agnes Nunes). Também estão no elenco Jeniffer Nascimento, Bruno Fagundes e Clarissa Müller, além das participações especiais de Marcélia Cartaxo, Leo Jaime e Solange Almeida.
“Somos os primeiros espectadores das coisas que fazemos. Eu gosto de assistir histórias que façam rir e chorar, comédias e dramas, e essa série tem tudo isso. É um grupo de jovens que corre atrás do sonho de viver de música, que ama a música. Todo esse universo, que envolve expectativas e frustrações, nos conduz às histórias amorosas da trama. Mas não é um musical, isto é, que deixa a história em suspensão para os números musicais. Nós trabalhamos muito nessa questão, de como essas músicas entrariam como parte da dramaturgia. Elas fazem a história andar, apresentando conflitos e personagens”, contou Ana Luiza Azevedo, uma das diretoras, durante o painel “Fantasia, Ficção e Fatos Reais: desenvolvendo narrativas locais com Netflix”, realizado na tarde desta quarta-feira, 27 de abril, no Rio2C.
“O Patrick criou a série com muita propriedade. Ele morava no Centro-Oeste e foi nesse lugar que buscou inspiração. Ele conhece muito bem esse universo – eu só emprestei minha experiência para ajudá-lo a contar essa história. Eu, como diretora, me apropriei disso e conheci muita coisa nova”, afirmou Ana Luiza. “Falamos muito de diversidade mas custamos a entender a dimensão que isso tem de fato. Lá fora, existe uma expectativa em relação ao Brasil que se vê na tela, que é o mesmo de sempre – litorâneo ou amazônico, país tropical, com graves questões relacionadas à pobreza. Parece que tem que ser assim – mas não tem! Por isso quando surgem histórias novas, de diferentes regiões, abrimos para todos os Brasis que existem. Essa série se passa no Centro-Oeste, que eu mesma nem conhecia tão bem. São as cores do Brasil de verdade. E quando a gente se conecta com as nossas histórias, o mundo se conecta também”, observou a diretora.
Sobre o trabalho em parceria com a Netflix, ela celebrou: “Tive surpresas positivas. Entrei no projeto quando ele já tinha bases muito sólidas, mas senti uma troca muito verdadeira com a plataforma. Estive à vontade para dizer o que pensava e contrapor”.