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Em “Só se for por amor”, Netflix explora universo do sertanejo sofrência

SO SE FOR POR AMOR (L to R) GUSTAVO VAZ as CESAR, ANA MAMETTO as ANA LIGIA, LUCY ALVES as DEUSA, FILIPE BRAGANÇA as TADEU, GIORDANO CASTRO as PATRICIO, LAILA GARIN as GORETE, ADRIANO FERREIRA as NELTON, MICAEL BORGES as VALDO, LUIZA FITTIPALDI as ROBERTA, AGNES NUNES as EVA, in SO SE FOR POR AMOR. Cr. VANS BUMBEERS/NETFLIX © 2021

Uma das novas séries nacionais da Netflix, “Só se for por amor” buscou no estilo musical do “sertanejo sofrência” a inspiração para contar uma história sobre corações partidos, sonhos, ambição e fama. A produção tem previsão de estreia para este ano. O elenco traz nomes como Lucy Alves, Filipe Bragança e a cantora Agnes Nunes, em sua estreia como atriz, além de Gustavo Vaz, Ana Mametto, Micael, Giordano Castro, Adriano Ferreira, Luiza Fittipaldi e Laila Garin. Produzida pela Coração da Selva para a Netflix, “Só se for por amor” é dirigida por Ana Luiza Azevedo, Gisele Barroco e Joana Mariani. A produção é de Geórgia Costa Araújo e Luciano Patrick, que é também o criador da série. 

Na trama, que se passa em Goiás, Deusa (Lucy Alves) e Tadeu (Filipe Bragança) são um casal apaixonado que decide criar uma banda, a Só se for por amor. Mas, assim que começam a fazer sucesso, Deusa recebe uma proposta de carreira solo. Ao seguirem rumos diferentes, a relação deles vai sofrer abalos, ao passo em que o grupo sairá em busca de uma nova vocalista. É quando surge a misteriosa Eva (Agnes Nunes). Também estão no elenco Jeniffer Nascimento, Bruno Fagundes e Clarissa Müller, além das participações especiais de Marcélia Cartaxo, Leo Jaime e Solange Almeida.

“Somos os primeiros espectadores das coisas que fazemos. Eu gosto de assistir histórias que façam rir e chorar, comédias e dramas, e essa série tem tudo isso. É um grupo de jovens que corre atrás do sonho de viver de música, que ama a música. Todo esse universo, que envolve expectativas e frustrações, nos conduz às histórias amorosas da trama. Mas não é um musical, isto é, que deixa a história em suspensão para os números musicais. Nós trabalhamos muito nessa questão, de como essas músicas entrariam como parte da dramaturgia. Elas fazem a história andar, apresentando conflitos e personagens”, contou Ana Luiza Azevedo, uma das diretoras, durante o painel “Fantasia, Ficção e Fatos Reais: desenvolvendo narrativas locais com Netflix”, realizado na tarde desta quarta-feira, 27 de abril, no Rio2C. 

“O Patrick criou a série com muita propriedade. Ele morava no Centro-Oeste e foi nesse lugar que buscou inspiração. Ele conhece muito bem esse universo – eu só emprestei minha experiência para ajudá-lo a contar essa história. Eu, como diretora, me apropriei disso e conheci muita coisa nova”, afirmou Ana Luiza. “Falamos muito de diversidade mas custamos a entender a dimensão que isso tem de fato. Lá fora, existe uma expectativa em relação ao Brasil que se vê na tela, que é o mesmo de sempre – litorâneo ou amazônico, país tropical, com graves questões relacionadas à pobreza. Parece que tem que ser assim – mas não tem! Por isso quando surgem histórias novas, de diferentes regiões, abrimos para todos os Brasis que existem. Essa série se passa no Centro-Oeste, que eu mesma nem conhecia tão bem. São as cores do Brasil de verdade. E quando a gente se conecta com as nossas histórias, o mundo se conecta também”, observou a diretora. 

Sobre o trabalho em parceria com a Netflix, ela celebrou: “Tive surpresas positivas. Entrei no projeto quando ele já tinha bases muito sólidas, mas senti uma troca muito verdadeira com a plataforma. Estive à vontade para dizer o que pensava e contrapor”. 

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