A TVA divulgou nesta quarta-feira, dia 28, seu balanço trimestral apresentando uma pequena melhora no conjunto de suas operações, mas uma surpreendente queda, no período, do número de assinantes em São Paulo. De fato, a empresa perdeu receita (7%) e assinantes (910 ao todo) em São Paulo. Perdeu receita também na banda C (12%). A perda de assinantes em São Paulo é explicada pela troca de MMDS por cabo, pela sazonalidade e pelo aumento da concorrência. Em abril, de acordo com a direção da empresa, as vendas voltaram a crescer. A TVA declara ter, em 31 de março de 1997, 1.093.677 assinantes diretos e indiretos, correspondendo a um crescimento de 9% em relação ao último trimestre de 1996 e 61% em relação ao mesmo período do ano passado. O total de assinantes diretos das operações controladas pela holding Tevecap era de 394.493. Os melhores desempenhos da TVA ficaram por conta da TVA Sul e da banda Ku, com crescimento de receita, respectivamente, de 31% e 18%. No primeiro caso, o aumento se explica pela base ainda muito pequena. No caso da Banda Ku, houve um aumento desproporcional de assinaturas (crescimento de 103%) em relação à receita (crescimento de 31%) devido à campanha de parcelamento, em até 10 meses, do pagamento das adesões feita pela DirecTV. As perdas operacionais da TVA no primeiro trimestre também foram menores, segundo o balanço apresentando hoje, dia 28: 27% inferiores aos dos últimos três meses de 1996, totalizando US$ 5,5 milhões. As perdas líquidas finais, no entanto, cresceram para US$ 15,5 milhões, contra US$ 11,2 milhões no trimestre anterior. Excluindo despesas com juros e impostos (EBITDA), a empresa alcançou um resultado positivo de US$ 4,9 milhões, valor 164% superior ao último trimestre do ano passado. Na apresentação feita para investidores externos, a direção da TVA voltou a lembrar que a empresa tem condições de efetuar automaticamente os cancelamentos de assinantes inadimplentes. O que não seria feito pela concorrência, que não dispõe de decoder em todas as operações.
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