Grupos de mídia devem se posicionar sobre temas sensíveis e atuar junto à comunidade

A postura dos grupos de mídia frente a temas sensíveis pode determinar o comportamento da sua audiência. Na era das redes sociais, a isenção das empresas em relação a questões sociais pode não ser vista com bons olhos, apontou um painel durante o NAB Show, esta semana em Las Vegas. Além de buscar o lucro, os grupos devem encontrar um propósito maior, para se manter relevante junto à audiência e até mesmo para conseguir atrair melhores talentos para a sua programação.

Simon Mainwaring, fundador e CEO da We First Inc, apontou que as emissoras devem se tornar uma causa, e não apenas "ter" uma causa. "O papel das empresas na sociedade evoluiu até esse ponto, e os cínicos ignoram essa mudança por sua conta e risco", disse. De cordo com ele, consumidores "movidos a crenças" representam cerca de 30% do total e, dentre eles, 57% comprariam ou boicotariam uma marca com base em sua resposta a uma questão social; 65% não comprarão uma marca que se cale sobre um tópico importante. Os números, diz, não demonstram apenas um desejo dos consumidores, mas uma realidade, uma vez que 61% abandonaram um marca no último ano usando esse critério. Essas tendências se aceleraram no último ano e meio e estão no noticiário com questões como controle de armas, direitos das mulheres e movimentos como "delete Uber" ou "delete Facebook".

Mainwaring disse que as marcas, incluindo as emissoras, também devem ter o cuidado de se concentrar no impacto de suas ações nas pessoas da comunidade, em vez de se concentrar nas ações tomadas. "Encontre uma necessidade na comunidade em que você está especialmente preparado para ajudar e agir", diz.

Equipe

De acordo com Roy Spence, presidente da agência de publicidade GSD & M, ter um propósito é fundamental para manter uma boa equipe. "Se você não tem um propósito além de ganhar dinheiro, você não terá o melhor talento", disse ele.

Para Spence, nesse momento "o mundo precisa de propósito, não de política; o mundo precisa de propósito, não de chefes". Não há mais espaço para que quer construir um negócio, ficar rico e fazer caridade, disse. "O novo modelo é: 'Todos os dias vou melhorar a vida de alguém', começando com seus funcionários, associados, parceiros, fornecedores e comunidade", completou.

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