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“Como Hackear Seu Chefe”, de Fabrício Bittar, estreia diretamente no streaming

Na comédia “Como Hackear Seu Chefe”, de Fabrício Bittar, que estreia em 4 de junho as principais plataformas digitais, Victor Gonzales (Victor Lamoglia) enfrenta as mais variadas confusões para fazer com que seu chefe Britto (Augusto Madeira) não veja um e-mail que ele enviou por engano. Para isso, Victor contará com a ajuda do amigo João de Carvalho (Esdras Saturnino) e da “crush” da empresa, Mariana Gomes (Thati Lopes). “Como Hackear Seu Chefe” tem distribuição da Synapse e produção da Clube Filmes. Paulinho Serra, Fafá Rennó e Nuno Leal Maia também integram o elenco do “filme de tela”, no qual os personagens estão constantemente se vendo pelo computador ou celular. 

Na trama, por conta de uma dedetização na empresa AN&N, os funcionários estão em home office. Durante uma reunião por vídeo, Victor e João são escolhidos para atualizar a apresentação da empresa. A tarefa torna-se um pesadelo quando, depois de comemorar seu aniversário, Victor, de ressaca, envia o arquivo errado: uma apresentação com memes comprometedores sobre o chefe criada por João. Logo que percebem o erro, os dois tentam diferentes estratégias para reverter a situação. Assista ao trailer: 

“A ideia para o filme surgiu quando eu assisti ‘Searching’ (Aneesh Chaganty, 2018) nos cinemas, que tem esse mesmo formato, e achei muito legal. Logo pensei que seria um formato ideal para comédia, que é umm gênero que trabalha muito com a ideia de constrangimento e não tem nada mais constrangedor que o computador de uma pessoa – nele, guardamos muito da nossa intimidade, coisas que não falaríamos ou mostraríamos para ninguém. Fiquei com isso na cabeça e estudei o processo de produção de ‘Searching’. No ano passado, fiz um curta com o formato (‘Quarentena Sem Fim’) que foi muito bem. Então, em conversas com a Sofia Digital, eles perguntaram se eu tinha interesse em trabalhar esse mesmo modelo em outros gêneros”, conta o diretor Fabrício Bittar em entrevista exclusiva para TELA VIVA. 

Produção diretamente para o streaming 

Após dirigir dois filmes para o cinema – “Como se tornar o pior aluno da escola” (2017) e “Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro” (2018) – Bittar assina sua primeira produção diretamente para o streaming. “Acho que é uma tendência e algo positivo para o mercado, porque dá a chance de trabalharmos com filmes menores e médio. Nos Estados Unidos, eles sempre fizeram muito os chamados ‘telefilmes’, que vão direto para a TV ou home video. Aqui, até por uma questão de dificuldade de produção, não tivemos isso, esse espaço para fazer filmes médios diretamente para as pessoas assistirem em casa. É uma janela que traz novas possibilidades incríveis para contarmos histórias. Filme para cinema só faz sentido se você tiver um grande filme, o que também passa por um grande investimento. Já o streaming abre espaço para novos formatos”, analisa. 

Victor Lamoglia e Thati Lopes em cena de “Como Hackear Seu Chefe”

O diretor ainda enxerga outras vantagens dos filmes lançados diretamente para o ambiente do streaming: “Eu amo cinema – antes da pandemia, ia duas ou três vezes por semana. Muitas vezes, acabava a oferta de filmes. Ou às vezes tínhamos semanas com três filmes muito bons e outras com nenhum. Já o streaming traz essa oferta quase que infinita de conteúdo. Se por um lado existe uma concorrência maior na disputa pela atenção das pessoas, por outro é possível atingir muito mais gente. Não tem a limitação da sala, a preocupação do filme ter que atingir determinada bilheteria logo na primeira semana… Para mim, a tendência do streaming significa a possibilidade de produzir muito mais e com uma diversidade muito maior de conteúdo. O próprio ‘Como Hackear Seu Chefe’ tem um formato que seria mais difícil para o cinema”. 

A produção feita diretamente para o streaming também acaba sendo mais atual, uma vez que o tempo entre filmagem, pós-produção e lançamento é mais curto. No caso de ‘Como Hackear Seu Chefe’, a história não se passa no contexto da pandemia, mas traz muitos hábitos típicos do momento, como a rotina de home office e as reuniões e encontros virtuais. “O filme tem esse gênero de ‘comédia de escritório’ que é muito comum nas séries – como ‘The Office’, por exemplo – e que gera muita identificação. Na história, estamos o tempo inteiro tirando sarro desses chavões, das coisas que as pessoas falam, dos personagens clássicos desse ambiente e das relações entre eles”, afirma Bittar. “Eu uso muito o Linkedin e acho uma rede bem legal mas, ao mesmo tempo, ela traz muito desses vícios. É interessante que, de uma certa maneira, as pessoas estão usando a rede para criticar esse tipo de coisa. Precisamos – e a ficção é o melhor jeito de colocar essa lente de aumento – olhar os excessos e as coisas ridículas que às vezes fazemos”, completa. 

O diretor Fabrício Bittar

Desenvolvimento e filmagens 

Apesar de ter sido filmada durante a pandemia, a produção não foi totalmente remota. “Queríamos ter o controle da direção de arte e do set”, explica o diretor. O que a equipe fez foi transformar a sede da produtora nas locações do filme. “Nas principais diárias, juntamos os atores, cada um num cômodo diferente – o que possibilitou seguirmos todos os cuidados e protocolos contra a Covid – mas eles estavam se vendo por meio de imagens. E eu ficava em uma sala, com um microfone, falando com eles. Alguns atores, como o Paulinho Serra e o Nuno, foram filmados de forma isolada. O mais difícil de gravar separado é que, na comédia, você precisa escutar o outro pra reagir em cima do que ele faz, ter espaço para improvisar. Tentamos entregar isso para os atores virtualmente e acho que foi bem legal”.  

Gravada em julho do ano passado, a comédia contou com nove diárias – um número bem pequeno em comparação com as produções de longa-metragem em geral. “Escrevemos o roteiro e montamos o filme inteiro sem os atores, só com a voz do montador, e então saímos para gravar. Foi um processo bem diferente, onde a pré-produção foi muito importante”, diz Bittar. 

Próximos lançamentos 

A Clube Filmes, produtora de Fabrício Bittar, trabalha atualmente em mais dois títulos – ambos voltados ao público infantil e também com lançamento previsto direto para o streaming. Um deles é “Alice no País da Internet”, estrelado pela atriz mirim e youtuber Lorena Queiroz. A distribuição será da Synapse. 

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