Japão faz testes para a era pós-ISDB

O Japão, enquanto se prepara para dar início à transmissão terrestre do seu sistema de TV digital em 2003, já estuda os futuros serviços e tecnologias que virão depois do ISDB. Isso foi demonstrado por Ito Takayuki, da NHK, em sua palestra durante o Congresso SET 2002, no último dia da Broadcast & Cable. Todos os testes vêm sendo realizados no laboratório da companhia, o STRL, inaugurado em abril de 2002. ?Estamos trabalhando em três campos de pesquisa: ISDB avançado; conteúdo e; futuros serviços e tecnologias?, disse Takayuki. No primeiro campo, um bom exemplo é o serviço de dados de próxima geração, que consiste num receptor portátil de TV terrestre capaz de transmitir sinais de TV e acessar a Internet pela rede de telefonia celular, com comunicação bidirecional. ?Isso não está muito distante?, garantiu o executivo da NHK, citando que a japonesa Mega Chips Corp., de Osaka, anunciou em 19 de julho ter desenvolvido um chip, um novo LSI, que pode decodificar sinais OFDM baseado em ISDB-T (?T? significa terrestre) e prevê lançá-lo no mercado no início de 2003. Aliás, também no dia 19 de julho, o principal problema do ISDB-T foi resolvido, quando o governo japonês anunciou sua decisão de investir US$ 1,55 bilhão na conversão dos canais analógicos.
Outro teste do laboratório está focado na construção de rede de freqüência única (SFN). ?Pesquisa é essencial para construir redes estáveis e com custo efetivo por todo o Japão, já que há poucos canais sobrando na freqüência em UHF?, explicou ele.
No campo de pesquisa em conteúdo, existe o estúdio virtual avançado. A câmera utilizada, Axi-Vision, detecta imagens em profundidade e informações de objetos e cores em tempo real, sintetizando as duas imagens, no lugar do chroma-key. A segunda tecnologia nesse campo, citada pelo executivo, é a câmera de disco óptico para HDTV, facilitando e agilizando a edição.
Por fim, Ito Takayuki demonstrou as pesquisas pós-HDTV. Elas começam com a tela, sendo uma delas baseada no sistema wide-screem ultra-high-definition, com quatro mil linhas. ?Dá a sensação de imersão, de estar presente à cena?, classificou. São 7.680 pixels na horizontal por 4.320 pixels na vertical ? na HDTV são 1.920 x 1.080. Comparativamente, o anglo de visão, que é de 30º na HDTV, atinge 100º na futura tela. ?Quatro mil linhas é quatro vezes o número de linhas de escaneamento da HDTV?, explicou o executivo da NHK.

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